O consumidor aguarda esse período para aproveitar as liquidações e promoções, principalmente de artigos de vestuário e eletroeletrônicos. (Foto: Divulgação/Sistema Fecomercio)

De acordo com pesquisa realizada pela Fecomércio, 53,7% dos entrevistados mostram boa disposição para a compra de bens duráveis

No primeiro mês do ano, o consumidor fortalezense mostra disposição para ir às compras. É o que revela a pesquisa Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza (ICC), realizada pela Fecomércio, por meio do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC).

Segundo o levantamento, em janeiro, o Índice apresentou recuo de -1,4%, passando de 124,6 pontos, em dezembro, para 122,8 pontos neste mês. Apesar do recuo, o índice permaneceu no campo que indica otimismo por parte do consumidor (acima dos 100 pontos) e em patamar acima do verificado em janeiro do ano passado (104,5 pontos).

O resultado do ICC foi influenciado pela redução do Índice de Situação Presente, de -3,8%, passando de 116,7 pontos em dezembro para 112,3 pontos neste mês. Já o Índice de Situação Futura apresentou estabilidade, situando-se em 129,8 pontos nos dois meses.

Expectativa dos consumidores
A pesquisa revela que, neste mês, 53,7% dos entrevistados mostram boa disposição para a compra de bens duráveis. Dentre aqueles que demonstram maior entusiasmo, destacam-se os consumidores do sexo masculino (56,7% dos entrevistados afirmam que janeiro é um bom momento para compra de bens de consumo duráveis), do grupo com idade entre 18 e 24 anos (59,1%) e com renda familiar acima de dez salários mínimos (64,0%).

O estudo também mostra que 71,6% dos consumidores de Fortaleza consideram que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano – taxa acima da verificada em dezembro (70,3%). Já as expectativas com o futuro se mostram mais otimistas, com 86,7% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.

As preocupações com o ambiente econômico nacional permanecem se dissipando: em dezembro, 34,2% dos consumidores o descreviam como ruim ou péssimo percentual que caiu para 31,9% neste mês. A renovação de ânimo do consumidor é uma peça importante para a retomada econômica, podendo influenciar o investimento e o consumo.

Pretensão de compra
Seguindo o movimento sazonal do início do ano, a taxa de pretensão de compra teve redução de -9,8 pontos percentuais em janeiro, passado de 47,0%, em dezembro, para 37,2% neste mês.

O consumidor aguarda esse período para aproveitar as liquidações e promoções, principalmente de artigos de vestuário e eletroeletrônicos, conforme pode ser visto na lista dos produtos mais procurados: artigos de vestuário, citados por 25,6% dos entrevistados; aparelhos de telefonia celular e smartphones (14,9%); móveis e artigos de decoração (11,9%); geladeiras e refrigeradores (11,5%); televisores (11,4%); calçados (9,6%); máquina de lavar roupas (8,0%); fogões (6,5%); e computadores e notebooks (4,5%).

O valor médio das compras é estimado em R$ 582,81 e a intenção de compra mostra-se mais elevada para os consumidores do sexo masculino (39,9%), mais vigorosa para o grupo com idade entre 18 e 24 anos (47,4%) e com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (44,1%).