(Foto: Rawpixel/Pixabay)

Resultado é de pesquisa produzida mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 2,1% em março deste ano na comparação com o mês anterior e 10,9% na comparação com março do ano passado, alcançando 127,1 pontos, acima da zona de satisfação. O número é o melhor resultado em pontos desde novembro de 2018, constatado em pesquisa realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

“A confiança dos empresários do comércio cresceu pelo quinto mês consecutivo, seguindo, porém, a um ritmo mais lento do que o dos últimos meses”, explica Fabio Bentes, economista-chefe da Confederação. “Além das dificuldades de estimular o crescimento mais vigoroso da economia, contratempos na esfera política poderão comprometer a aprovação das reformas essenciais. Ainda assim, o cenário de investimentos no setor, para o decorrer do ano, ainda não está comprometido”, contextualiza.

O Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec), com suas altas de 6,4% e de 16,7%, nas comparações mensal e anual, respectivamente, mostrou que, em março, seis em cada dez entrevistados acreditam que o momento atual da atividade econômica está mais favorável do que há um ano. Esse é o maior grau de satisfação com as condições atuais da economia desde março de 2011, quando 65% percebiam o nível de atividade do País de forma mais positiva.

Os graus de satisfação quanto ao desempenho do setor e das empresas, que também compõem o mesmo subíndice, também avançaram em relação a fevereiro último, situando-se nos níveis mais elevados para meses de março desde 2011 e 2012, respectivamente.

O CNC reduz expectativa de crescimento, porém, ainda assim, investimentos e contratações serão possíveis ao longo do ano. Após avançar por quatro meses consecutivos, o índice que mede o otimismo dos empresários no curto prazo manteve-se estável (0,2%) de fevereiro para março, sendo freado pela expectativa menor de desempenho do setor nos próximos meses.

Varejo
No varejo, o início de ano mais fraco que o esperado levou a CNC a revisar de +5,6% para +5,4% sua expectativa quanto à variação das vendas no varejo em 2019. Ainda assim, o setor segue sua lenta tendência de recuperação: segundo os subíndices do Icec ligados a investimentos, as intenções de investimento na contratação de funcionários e na ampliação do número de lojas encontram-se nos maiores patamares para meses de março desde 2012 e 2014, respectivamente.

Entre os entrevistados, 72% relataram disposição para contratar funcionários nos próximos meses, enquanto 47,7% têm planos de investir em novas lojas ou ampliação dos pontos de vendas atuais. Já em relação ao nível dos estoques, 23,7% dos entrevistados os considera “acima do adequado” – menor percentual para meses de março desde 2014 (23,0%). O emprego no setor avançou 1% no ano passado (+71 mil vagas) e, pela primeira vez desde 2014, o saldo entre aberturas e fechamentos de lojas com vínculos empregatícios foi positivo (8,1 mil estabelecimentos comerciais em 2018).

Com perspectiva de crescimento ligeiramente maior neste ano, a CNC projeta saldo positivo de 102 mil postos de trabalho formal no varejo e abertura de 23,3 mil novos pontos de venda.