Por Lucas Ramos

Em 1992 saiu o disco que começou outra transformação na banda. Mais influenciada pelo gosto musical do Mike Patton, saiu o “Angel Dust”. Angel Dust é uma divisão de águas no mundo da música. Para alguns críticos, o Nu Metal começou com Angel Dust. O disco não tinha mais aquelas baladinhas de “Funk Metal” e nem mais aquele vocal anasalado do Mike Patton. Por falar em Patton, foi ele que mais mudou na banda, mudando extremamente seu jeito de andar, de se vestir, sua personalidade e principalmente seu jeito de cantar, o que resultou em perda de alguns fãs. Mas é claro, que a conquista de fãs de carteirinhas. Na minha opinião é o melhor disco da banda, juntando uma mistura do gosto pelo diferente do Mike mais a versatilidade musical dele.

O disco deu trabalho para gravar pois o guitarrista na época (Jim Martin) não estava satisfeito com o rumo que a banda tinha tomado, fazendo com que o baixista (Billy Goud) fizesse muitas vezes a guitarra nas gravações. Mesmo com esses problemas Angel Dust (Nome que se dava a cocaína na época) saiu. Logo após o lançamento do disco, FNM saiu junto em turnê com a banda metallica e guns n’ roses. Paralelamente, Mike Patton voltou a sua antiga banda de colégio, a única e diferente Mr. Bungle, gerando fortes boatos de dissolução da banda devido a diferenças musicais.


Em 1994 o guitarrista Jim Martin foi demitido e chamado para seu lugar Trey Spruance, que havia tocado com Mike Patton no Mr Bungle. Em 1995 lançaram “King For A Day Fool For A Lifetime”, que incluiu uma faixa em homenagem ao Brasil chamada “Caralho Voador”. Um album que me chama bastante atenção pois novamente, Mike se tranforma. O disco contem mais músicas com vocais tenebrosos, gritos e também nos surpreende pela versatilidade que acompanha FNM desde o primeiro disco. O legal também foi ver a faixa “Caralho Voador”, uma bossa nova “americano” com o Sr. Patton cantando algumas frases em português. 🙂

Em 1997, a banda se encontrava com alguns problemas, diferenças musicais e Mike Patton caindo ainda mais no mundo do Avant Garde, criando novos sons em carreira solo, criando novos projetos, inclusive dois cds que o único som que ouvimos é o som da voz dele, ou seja, utilizando a voz como instrumento musical. Ainda esse ano, talvez por razões contratuais, talvez por influência do Billy Goud, FNM volta ao estúdio pela última vez lançando o seu último trabalho: Album of the Year. Não vou negar que esse também é um dos meus discos favoritos, é até clichê demais falar isso .

Mike Patton

A banda se encontrava nessa época em seu mais perfeito estado, todos os membros estavam tirando o melhor de si e Patton estava sem sua melhor condição vocal, sua voz soava perfeitamente, sua qualidade no vocal estava surpreendente. Músicas como Ashes to ashes, Stripsearch, Last cup of sorrow, Pristina, Helpless são uma obra de arte, mostrando ainda mais a perfeição não somente da banda mas da voz do Mike Patton.

http://www.youtube.com/watch?v=968OgZCWICY

 

Aqui encerra a segunda parte sobre essa banda foda.  Gostaram? 🙂

 

Lucas Ramos

@LucazZRamos