O Death Cab For Cutie voltou, após uma grande expectativa sobre o que seria da banda depois da saída do guitarrista Chris Walla (presente desde o início da banda no final dos anos 80 e um dos mentores dos principais trabalhos do DCFC). O grupo americano acaba de lançar o álbum “Kintsugi”, oitavo da carreira.
O disco ironicamente começa com a frase “I don’t know where to begin” e logo na primeira faixa “No room in frame” já mostra exatamente o contrário. A banda sabe onde quer pisar, saber por onde começar. Continua sendo uma das mais originais e criativas do cenário, continua se reinventando nos arranjos, mantendo o nível das ótimas letras, mostrando novos horizontes e experimentações que não constavam em discos anteriores da vasta discografia.
Com certeza a grande diferença para o álbum “Codes and Keys” (2011) é a introdução de sintetizadores e o uso de guitarras ainda mais puxadas pro pós-punk, que agora aparece forte como uma das maiores influências da banda nesse trabalho.
Faixas como “Black Sun”, “El Dorado“, “Ingenue” e Everything’s a Celling” mostram um novo e animador caminho na sonoridade atual, exaltando com qualidade tudo de diferente que surgiu no recente processo criativo do grupo. Ao mesmo tempo faixas como “Little Wanderer” e a excelente “The Ghosts of Beverly Driver” continuam mostrando o que o Death Cab fez tão bem nos últimos discos. A voz marcante de Benjamim Gibbard salta ainda mais aos ouvidos com o violão de “Hold no guns” e o piano de “Binary Sea“, que encerra um disco excelente e que, com certeza, vale lugar de destaque em qualquer discografia ou vale como iniciação para aqueles que não conhecem o trabalho primoroso do grupo.

Fica a torcida de que os rumores finalmente se confirmem e a banda venha ao Brasil para alegria dos fãs.

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