2016 ainda reservou um espaço para uma grata surpresa. De Massachusetts (EUA), formada em 2009 pelos gêmeos Ryan Meyer (Bateria) e Rich Meyer (Baixo), além de Johnny Stevens (Guitarra e Voz), o Highly Suspect chega ao segundo disco “The Boy Who Died Wolf” cravando seu nome entre os bons lançamentos do ano. 

Com uma sonoridade forte, daquelas bandas que fazem falta nos dias atuais, conseguem reviver o melhor da escola grunge, que sacudiu o mundo na década de 90, sem ser repetitivo, com algumas pitadas atuais e sem descaracterizar as referências. Temos um prato cheio pela frente ao longo de músicas como “My Name Is Human”, “Little One” (grande “balada” do disco), “Serotonia”, “For Billy” e “Send Me A Angel”, que nos fazem lembrar dos momentos mais geniais do Soundgarden, nas épocas em que passávamos horas e horas em frente aos clipes da MTV. “Postres” é uma perfeita mistura, como se o Pearl Jam tivesse se unido ao Queens Of The Stone Age, feche os olhos e imagine Eddie Vedder e Josh Homme cantando na mesma música. Tiro no alvo! Sobrou espaço para mais uma nostalgia daquelas quando “Viper Strike” parece ter sido retirado de algum lado-B do Nirvana. É impossível não comparar e o melhor é que isso não desmerece de forma alguma esse grande trabalho. 

Capa - The Boy Who Died Wolf

Capa – The Boy Who Died Wolf

“F.Y.W.T” tem o andamento mais “estranho” do disco, onde saem os pesos das guitarras e entram elementos mais eletrônicos, talvez a única parte desnecessária do trabalho. “Chicago” é uma grata surpresa, traz apenas a excelente voz de Johnny acompanhada de piano. Os sete minutos de “Wolf” encerram o disco.

Agradável revelação, som redondo e um disco super bem produzido, a começar pela capa. Foi direto pra minha lista de favoritos do ano. 

https://www.youtube.com/watch?v=e7_iSuGcUUQ

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