Eu ouço as vozes/ eu vejo as cores/ eu sinto os passos/ de outro Brasil que vem aí/ mais tropical/ mais fraternal/ mais brasileiro.
Gilberto Freyre
[fragmento do poema “O outro Brasil que vem aí”]

Manhã de 29 de maio de 2008. Eu e meu amigo Téo tomamos um táxi em direção a Apipucos. Nosso objetivo: fazer uma visita à vetusta casa onde morou Gilberto Freyre, o grande intérprete do Brasil e da nossa brasilidade. Lá chegando, uma surpresa maravilhosa nos aguardava. Enquanto aguardávamos à entrada da casa, eis que assoma à porta uma senhora simpática e sorridente que nos saúda com um bom-dia e nos esternde a mão para um cumprimento. Nossa alegria foi imensa ao ouvir seu nome: Sonia Freyre, filha de Gilberto. Depois de uma visita guiada pela casa, hoje transformada em casa-museu, nos sentamos para uma anaimada e agradável conversa com Dona Sônia. Adquirimos eu e Téo um exemplar da edição comemorativa da quinquagésima edição de Casa Grande e Senzala, o clássico de Gilberto Freyre. Pedimos a Dona Sônia a gentileza de autografar os livros. Ao recebê-lo de suas mãos, após o autógrafo, li, emocionado, o que ela escrevera na página de rosto: “Vasco: lembrança de uma manhã ensolarada em Apipucos. O carinho de Sônia Freyre. Recife, 29 de maio, 2008.”
Esse livro permanecerá pelo resto dos meus dias como uma das relíquias que guardo em minha modesta biblioteca, junto à fotografia que tirei com Dona Sônia, pessoa de uma simplicidade e simpatia contagiantes.

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Vasco Arruda

Psicólogo, professor de História das Religiões e Psicologia da Religião.

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