O ser privado de razão e de liberdade cumpre infalivelmente o destino que Deus lhe marcou. Só o homem recebeu de Deus o maravilhoso e assustador privilégio de alcançar o seu fim pela livre escolha da sua vontade. Semelhante a Deus, ele tem o conhecimento do bem e do mal. Sabe que a sua razão lhe foi dada para conhecer a Verdade e a sua vontade para aderir ao Bem soberano. Se se conformar com esta disposição divina, abandonando-se ao querer de Deus, restituir-lhe-á por um ato espontâneo do coração o ser que dEle recebeu e alcançará o fim para o qual foi criado.

Dar-se a Deus conforme o plano por Ele mesmo estabelecido é, pois, o fim do homem, é a primeira e a última das suas obrigações, aquela que abrange todas as outras.

Joseph Schrijvers

[Schrijvers , Joseph. O dom de si: vida de abandono em Deus. Tradução Sérgio Ferreira Lima. – São Paulo: Quadrante, 1996, p. 10].

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Vasco Arruda

Psicólogo, professor de História das Religiões e Psicologia da Religião.

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