O blog plugou artigo esclarecedor publicado no Zenit sobre o uso da engenharia verbal para implantação de práticas na atual sociedade. Acompanhe.
Texto de Vanderlei Lima*
Dom Estevão Bettencourt (1919-2008), monge beneditino poliglota, escrevia na revistaPergunte e Responderemos n. 546, dezembro de 2007, p. 558-560, uma constatação importantíssima para os nossos dias quando muito se usa – por “engenharia verbal” – o termo homofobia a fim de condenar quem, em nome de princípios religiosos ou éticos, rejeita práticas (e não pessoas) homossexuais.
Com efeito, diz Bettencourt: “Chama-se ‘Engenharia Verbal’ a manipulação de certas palavras para exprimir condutas de vida novas e causadoras de polêmica na sociedade”. A seguir, ele dá o exemplo da homofobia: “Phobos em grego quer dizer ‘medo’. Em consequência, homofobia seria o medo frente aos homossexuais. Todavia, não é isto que se entende hoje por homofobia; a palavra significa a censura à prática homossexual, de modo que não se poderia condenar em público o homossexualismo, significado este que não está contido no sentido original de homofobia”. Trata-se de manipulação interesseira da linguagem.
A fim de bem ilustrar o que está dito acima, reproduzimos as páginas 45 e 46 do livroHomem e mulher Deus os criou, do Padre David Francisquini (São Paulo: Artpress, 2011).
1) O que é homofobia? – Homofobia é um termo inventado pelo psicólogo americano George Weinberg para desacreditar os opositores do homossexualismo. No seu sentido etimológico, a palavra homofobia deveria significar aversão irracional a pessoas do mesmo sexo, por paralelismo com homoafetividade. No entanto, o movimento homossexual emprega a palavra para rotular de modo depreciativo as pessoas que se manifestam contrárias às práticas homossexuais, que desse modo passam a ser vistas como preconceituosas ou desequilibradas. Uma resolução do Parlamento Europeu a favor da legalização do “casamento” homossexual, emitida em 2006, define homofobia, sem nenhuma base na realidade, como “um sentimento irracional de medo e de aversão em relação à homossexualidade e às pessoas lésbicas, bissexuais e transgêneros e propõe que esse sentimento seja combatido desde a idade escolar.
2) Por que o movimento homossexual insiste em utilizar a palavra homofobia? – Porque se trata de um recurso publicitário, e se tem mostrado eficiente. Arthur Evans, cofundador deGay Activist Alliance (Aliança de Ativistas Homossexuais), explica como o movimento homossexual criou a palavra homofobia para caracterizar seus opositores: “O psicólogo George Weinberg não-homossexual, mas amigo de nossa comunidade, comparecia regularmente aos encontros do GAA. Observando fascinado a nossa energia e excitação e as respostas da mídia, ele apareceu com a palavra que nos empenhávamos em conseguir:homofobia, que significa o temor irracional de amar alguém do mesmo sexo”. George Weinberg classificou então a oposição moral à homossexualidade como uma anomalia, uma fobia. Ele vai além “Eu nunca consideraria um paciente saudável se ele não tivesse superado seu preconceito contra a homossexualidade”.
Fica assim claro o caráter ideológico e propagandístico da palavra, que poderíamos qualificar de arma semântica. Aplicando aos opositores o rótulo de homófobos, os homossexuais procuram intimidá-los e desqualificá-los, descartando como “temores irracionais” os seus argumentos. Porém, pelo contrário, tais argumentos são baseados na reta razão (…).
3) Existe algum fundamento para essa alegada homofobia? – Como expusemos acima, a palavra homofobia foi artificialmente criada e divulgada para facilitar a aceitação social e legal do modo de vida homossexual, e tem como objetivo colocar em posição desconfortável e odiosa todos os que a ela se opõem, ou mesmo criminalizá-los. Os que defendem a Lei natural e os Dez Mandamentos devem denunciar e desmontar essa tática desonesta, pois os que fazem esse uso demagógico do rótulo homófobo nunca conseguem apresentar provas científicas dessa suposta fobia, que só existe no arsenal de qualificativos com que a propaganda homossexual procura desmerecer os seus opositores. Corresponde à mesma tática empregada outrora pelos comunistas, que acusavam de fascistas quem se opusesse aos seus desígnios e ideologia.
Até aqui o Pe. David Francisquini. Seu estudo merece muita atenção.
* Vanderlei de Lima cursou Filosofia e Iniciação Teológica pela Escola Mater Ecclesiae, no Rio de Janeiro. É formado em Filosofia pela PUC-Campinas, e pós-graduado em Psicopedagogia no processo ensino-aprendizagem pelo Centro Universitário Amparense-UNIFIA.
Quando um sujeito não aprova a orientação homossexual, mas reconhece ao outro a liberdade de ser o que é, é um conservador, mas não é um fascista. Democracia supõe o reconhecimento de diferenças e pluralismo de opinião. A democracia é projetada para que conservadores, moderados e liberais possam conviver, mesmo que os consensos em termos de valores sejam raros e mesmo que alguns dos desacordos morais sejam persistentes e produzam, em um determinado momento, um considerável impasse político. Conservadores cabem na democracia, fascistas é que não têm cabimento. É sempre bom esclarecer isso.
Quando o conservador guarda para si e para a esfera da intimidade o que pensa e sente sobre esta questão, está dentro do território da legitimidade. Quando transforma a sua posição moral em uma doutrina que pretende ensinar ou quando entra na esfera pública para doutrinar e corrigir – aí começam os problemas. Enquanto a posição pública for respeitosa dos modos de vida alternativos e admitir que o outro replique e dispute, ainda estamos numa troca pública de divergências moralmente válida. Violada uma dessas condições, passa-se ao desrespeito e à intolerância.
Quando um sujeito não aprova a orientação homossexual e, além disso, considera os homossexuais inferiores a ele em dignidade humana e política, já não é meramente um conservador, mas um intolerante. Intolerantes merecem a reação de todos porque violam o acordo fundamental da democracia segundo o qual todos são iguais em dignidade, valor e direitos. Homossexuais não são na democracia apenas sujeitos de direitos; como a todos os outros cidadãos, lhes devem ser assegurados estima social e respeito. Se lhes fosse garantidos direitos sem estima social e reconhecimento, haveria, por absurdo, uma autorização social à estigmatização, à discriminação escancarada, à ofensa. Direito e reconhecimento são duas dimensões inseparáveis por meio das quais a igualdade política se materializa em Estados democráticos. Por isso, não basta apenas que o conservador reconheça direitos aos homossexuais; mais que isso: não podem violar o seu reconhecimento social, o seu direito à estima social. Quem faz isso é intolerante, portanto, antidemocrático.
Quando um sujeito desaprova a orientação homossexual e considera que devam ou possam ser ofendidos, humilhados e maltratados por causa da homossexualidade, este sujeito, além de fascista, é criminoso. Não viola apenas normas de tolerância e direitos à estima social, viola a igualdade como princípio sobre o qual se assenta a democracia liberal, viola a Lei. O ódio à condição homossexual não tem nada de aceitável, principalmente porque ele sempre se materializa no discurso de ódio (“hate speech”) e no crime de ódio (“hate crime”) – que são dois comportamentos cuja única base e motivação é, não a desaprovação do outro, mas o ódio àquilo que constitui justamente a sua alteridade. O criminoso não simplesmente acha errado ser gay (posição cognitiva e axiológica); o sujeito odeia a homossexualidade (posição emocional) e, passo seguinte, odeia os gays. Alguns deles têm tanto horror que se sente moralmente justificados para tomar providências. O discurso público de desprezo e a violência motivada pelo horror aos homossexuais se engancham aqui.
Naturalmente, o criminoso homofóbico (tanto o da violência física quanto verbal) é também um intolerante e um conservador. E se alimentou no discurso conservador e nos discursos e nas práticas intolerantes. Mas isso não faz de todo conservador um intolerante, nem de todo intolerante um criminoso homofóbico.
Os comunistas do PT ao quererem impor na marra o POLITICAMENTE CORRETO, no qual tacham de homofóbicos quem não aceitar suas ideologias, corresponde a uns intolerantes e truculentos, agem como os mesmos regimes nazistas, fascistas e comunistas que são irmãos gêmeos por serem iguais no básico, assim como extremamente impostores, descendentes, filhotes do confesso satanista Marx.
Da mesma forma, nós católicos podemos os chamar de homofóbicos por causa de quererem nos imporem seus pontos de vista.
“Sou contra o politicamente correto” É uma tatuagem verbal que sinaliza nossos melhores idiotas.
Palmas para seu comentário, Bruno.
Muito lúcido e coerente, diferentemente dessa matéria tendenciosa.
http://www.youtube.com/watch?v=dY28ZKYdDyY
http://www.youtube.com/watch?v=bPHPVYfKeWU Agressão de verdade…
Todos promovem seu próprio erro mesmo sem querer se levam pra as suas próprias paixões idiotas,pra poder explicar um convívio feito pelo próprio homem onde,querem introduzir com seus blablas,blás eloqüentes, pra manipular toda uma sociedade, mas estam extorricitamente errados, e sabem que estão.Realmente Deus existe e sua balança é melhor,que,as leis da terra.