Dizer que Stevie Wonder é um gênio da música não é mais nenhuma novidade. Cantor, compositor, músico e ativista, Stevland Hardaway Judkins assinou aos 11 anos seu primeiro contrato, com a gravadora Tamla Records, selo da lendária Motown. Dois anos depois, ele já estourou com Fingertips (Pt.2), gravada ao vivo e lançada no álbum Recorded live: the 12 Year Old Genius.

Esse é o início da história do garoto negro, norte americano, deficiente visual que hoje completa 60 anos. Seja na bateria, na gaita ou no piano, a mínima aproximação do ex Little-Wonder (como foi identificado no início da carreira) com um instrumento é garantia de som. Bom som. Na dúvida, é só consultar os 22 Grammy Awards já entregues a ele, um record entre os artistas masculinos.

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Uma das principais características do gtrabalho de Stevie está na capacidade de encontrar a dose certa na hora de colocar seu virtuosismo a serviço de uma boa canção pra tocar no rádio. Isso fez da sua obra um apanhado de canções palatáveis e de muito bom gosto. Pelo Brasil, ele já ganhou versões de Alcione (Overjoyed), Gilberto Gil (I just call to say I love you), Gal Costa e Sandra de Sá (ambas, Lately). Pelo mundo, Frank Sinatra, Tony Bennett, Mary Jay Blidge, Beyonce, Michael Jackson, Red Hot Chili Peppers, por exemplo, já prestaram seus tributos ao mestre.

Como intérprete, Stevie Wonder é inconfundível e fez versões antológicas para Blowin’ in the wind, de Bob Dylan, We can work it out, dos Beatles, e For once in my life, composição de Ron Miller e Orlando Murden que virou um standard de Stevie. A primeira, inclusive, é um centelha do seu ativismo em prol dos direitos humanos. Na lista, há ainda At last, Light my fire e The shadow of your smile, estas do disco My cherie amour, de 1969.

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Após ter largado por um tempo a Motwon em busca de melhores propostas, Stevie voltou para sua gravadora em 1972, quando deu início a uma nova fase da sua carreira voltada para canções mais adultas com temáticas envolvendo questões sociais e pessoais. Este novo universo se abre com o disco Music of my mind e segue com o clássico Talking book. Superstition traz para o primeiro o som dos sintetizadores e coloca o soul man ao lado dos Rolling Stones em uma turnê.

Daí vieram Songs in the key of life, Journey through the secret life of plants, The woman in red, Conversation peace e uma infinidade de canções que garatem a Stevie Wonder seu posto de imortal na música mundial.

Site oficial:
http://www.steviewonder.net/

About the Author

Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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