É difícil descrever a magia da música. Quando ela sai das mãos de um mestre, é mais difícil ainda. Assim aconteceu na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos na noite do sábado (4), no terceiro dia da Mostra Internacional de Música em Olinda. No palco, os jovens músicos da Orquestra de Sopros da Pro Arte regidos por Egberto Gismonti (em fotos de Beto Figueiroa). Antes da apresentação, Gismonti explicou o motivo daquele encontro> prestar uma homenagem Tina Pereira, regente da orquestra que falecida em setembro de 2008. Tina vinha trabalhando em um tributo à obra de Egberto, que decidiu retribuir a homenagem dando continuidade ao trabalho. Quem esteve presente à apresentação, certamente ficou maravilhado, tantoi com o lugar quanto com o som. Eram frevos, sambas, sempre com melodias doces que falavam sobre o folclore, as lendas brasileiras, as matas e seus abitantes. Sim, era uma apresentação instrumental, mas não era difícil perceber a brasilidade da canção de Egberto, que regeu e tocou piano. Referência citada por vários outros músicos no evento, Egberto Gismonti fez uma apresentação digna dos grandes mestres e impressionou em seus números solo. Ele parecia ter vinte mãos. Os 22 músicos da Pro Arte também demonstraram desenvoltura, talento e intimidade com o repertório. Em resumo, um momento de extrema emoção para o público e para os músicos.

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Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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