Um amplo programa de monitoramento de violações de direitos em narrativas de rádio e TV vem mobilizando diversas organizações da sociedade civil. Coordenada pela ANDI, em parceria com o Ministério Público Federal, o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação, a Artigo 19 e a Rede ANDI Brasil, a ação facilitará a identificação e o enfrentamento desse tipo de ocorrência na mídia brasileira.

A iniciativa é decorrente de forte demanda do movimento social brasileiro, provocada pela proliferação de narrativas midiáticas que violam direitos elementares, previstos em lei: as narrativas sobre violências e criminalidades, autoclassificadas como noticiosas e apelidadas de “policialescas” por especialistas e estudiosos do campo da comunicação de massa.

A ESTRATÉGIA – A estratégia consiste no desenvolvimento e implantação de tecnologia social que permita a identificação das violações e a infração às leis correspondentes, tanto por comunicadores quanto pela sociedade em geral. Para tanto, foi construída uma ferramenta de análise de mídia, que será empregada em extensa pesquisa, realizada sobre produções de rádio e TV das diferentes regiões do País.

Todo o processo de estruturação da tecnologia social e de ampla articulação social está sendo documentado e registrado na publicação “Guia de monitoramento de violações”. Editada em três volumes, que serão lançados em seminário nacional, realizado ainda em 2015, em Brasília, a coletânea irá referenciar os esforços empreendidos para harmonizar direitos na complexa arena da comunicação midiática.

O programa de monitoramento, ação do projeto ANDI 21 anos – A mídia brasileira e os direitos humanos: avanços e desafios tem apoio da Fundação Ford e patrocínio da Petrobras. Além das acima citadas entidades, participam da pesquisa sete organizações da Rede ANDI Brasil: Catavento (CE), Cipó Comunicação Interativa (BA), Auçuba (PE), Bem TV (RJ), Oficina de Imagens (BH), Ciranda (PR) e Girasolidário (MS).

Fonte: Andi

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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