Ele foi contratado sem badalação da sua antiga casa, o Confiança. Tranquilo, treinou, trabalhou, atuou em duas partidas no mês de agosto e seguiu no banco de reservas, vendo a constante troca do técnicos e o time desabando na classificação, cada vez mais perto do rebaixamento.

Lisca chegou para 17 dias de treino e fazer a estreia contra o Criciúma.

A diretoria, ao mesmo tempo, mostrava irritação com as atuações de Luis Carlos e avisou ao novo treinador. Éverson então virou titular logo de cara, também porque Lisca já o conhecia .

A partir de então o goleiro esteve em campo nos nove jogos sob o novo comando. E passou a ser decisivo, mostrando segurança, liderança e fazendo defesas espetaculares, como as duas magistrais que cometeu em finalizações de Ramon e Jones na vitória sobre o Macaé por 1×0, neste sábado. Foram lances espetaculares, também motivados pelo absurdo número de gols perdidos pelo Ceará no contra-ataque.

Se a torcida do Ceará hoje chora de alegria e de alívio e pode manter o orgulho de não ver o time rebaixado ainda que o clube tenha cometido uma série de erros após o título da Copa do Nordeste, é porque teve Éverson em campo. É porque teve o paulistano Éverson Felipe Marques Pires defendendo as cores preta e branca.  Seu talento aos 25 anos foi fundamental na conquista de 19 pontos dos 24 pontos mais recentes disputados.

Sem ele, não seria assim.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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