Leonardo Padura (Foto: divulgação)

Leonardo Padura (Foto: divulgação)

O renomado escritor cubano Leonardo Padura chegou ao Brasil em série de lançamentos da Boitempo Editorial. O inédito livro Paisagem de outono e os outros três romances que compõem a série em torno do tenente investigador Mario Conde, icônico personagem e alter ego de Padura. O lançamento simultâneo aconteceu em novembro e os quatro volumes, que integram a série Estações Havana, já estão disponíveis no mercado.

“Desde o sucesso de O homem que amava os cachorros, seguido de Hereges, Padura decidiu publicar todos os seus livros pela Boitempo, inclusive os que já estavam em outras casas editoriais. A série Estações Havana foi recentemente adaptada na Espanha como longa-metragem de cinema (inspirado em Ventos de quaresma) e três filmes de televisão, um para cada livro”, publicou a Boitempo.

Padura é considerado um dos mais renomados escritores cubanos. Os quatro livros publicados são Passado Perfeito, Ventos de Quaresma, Máscara e Paisagem de Outono. Este último é inédito no Brasil e chega às livrarias acompanhado de um texto exclusivo sobre o processo de escrita do autor, conforme informações da Boitempo Editorial.

Veja abaixo as informações dos quatro títulos divulgadas pela Boitempo Editorial:

Passado perfeito
No primeiro fim de semana de 1989, uma insistente ligação arranca da ressaca o tenente investigador Mario Conde, um policial cético e desiludido. O Velho, seu superior na Central de Polícia, encarrega-o de um caso misterioso e urgente: Rafael Morín, executivo do Ministério da Indústria, está desaparecido desde o dia 1º de janeiro. Quis o destino que o desaparecido fosse um ex-colega de escola do tenente, um sujeito que já então, ainda que sempre dentro das regras estabelecidas, se destacava por seu brilho e autodisciplina. Como se não fosse o bastante, o caso colocará Conde frente a frente com a recordação de seu amor por Tamara, agora casada com Morín, e o tenente descobrirá que mesmo por trás do aparente passado perfeito em que Rafael Morín construíra sua brilhante carreira já se escondiam sombras.

Ventos de quaresma
Nos dias infernais da primavera cubana, em que os ventos quentes do sul coincidem com a quaresma e Mario Conde conhece Karina, uma bela mulher aficionada por jazz e sexo, o tenente investigador é encarregado de um caso delicado: uma jovem professora de química do colégio em que ele mesmo estudara anos atrás é assassinada em seu apartamento, no qual são encontrados vestígios de maconha. Ao investigar a vida da professora, de trajetória profissional e política imaculada, Conde entra em um mundo em decomposição, onde o arrivismo, o tráfico de influências, o consumo de drogas e a fraude revelam o lado sombrio da sociedade cubana contemporânea.

Máscaras
No dia 6 de agosto, quando a Igreja católica celebra a Festa da Transfiguração do Senhor, o corpo de um travesti é encontrado em meio ao denso arvoredo do Bosque de Havana, com o laço de seda vermelha de sua morte ainda atado ao pescoço. Para a frustração de Conde, encarregado do caso, aquela mulher “sem os benefícios da natureza”, vestida de vermelho, é Alexis Arayán, filho de um respeitado diplomata cubano. A investigação se inicia com a visita de Conde ao impressionante personagem do Marquês. Pouco a pouco, o Marquês apresenta Conde a um mundo sombrio e povoado de seres que parecem todos conhecer a verdade sobre Alexis Arayán.

Paisagem de outono
Em uma noite de outono, alguns pescadores descobrem um cadáver na praia do Chivo, em Havana. A vítima é Miguel Forcade Mier, brutalmente assassinado e abandonado em estado indescritível. Esse crime reviverá uma antiga trama de corrupções e ambições frustradas. Nos anos 1960, Forcade havia sido oficialmente encarregado da expropriação de bens artísticos apreendidos com a burguesia após a Revolução. Acumulara poder, influência e, certamente, não poucos ressentimentos, até que, em 1978, sem motivo aparente, decidira buscar exílio em Miami. Pouco antes de seu assassinato, porém, havia retornado misteriosamente a Cuba, como se quisesse recuperar algo muito valioso de cuja existência apenas ele tinha conhecimento.

About the Author

Isabel Costa

Inquieta, porém calma. Isabel Costa, a Bel, é essa pessoa que consegue deixar o ar ao redor pleno de uma segurança incomum, mesmo com tudo desmoronando, mesmo que dentro dela o quebra-cabeças e as planilhas nunca estejam se encaixando no que deveria estar. É repórter de cultura, formada em Letras pela UFC e possui especialização em Literatura e Semiótica pela Uece. Formadora de Língua Portuguesa da Secretaria da Educação, Cultura, Desporto e Juventude de Cascavel, Ceará.

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