Domingo passado, dia 27, o programa Tudo é possível da Rede Record exibiu uma longa entrevista com Raquel Pacheco, conhecida como Bruna Surfistinha, a prostituta de luxo que virou escritora e protagonista de um filme que já levou milhares de pessoas ao cinema.
Como calcular o número de meninas e moças que se deixam influenciar pela história de uma garota de programa que se deu bem? A mídia de um modo geral aplica uma cosmética atraente aos seus objetos e os vendem como produtos de muito valor, mas não passam de sepulcros caiados, mera aparência.
Raquel disse que fez mais de 3 mil programas, fugiu de casa aos 17 anos porque viu em anúncios nos jornais propagandas de mulheres que viviam da prostituição. Hoje, orgulha-se de sua carreira, pois entende que de algum modo “cutucou” a sociedade no combate ao preconceito à prostituição.
Quando ser indagada sobre um possível retorno à prática que exerceu dos 17 aos 20 anos, foi resoluta: “Não. Já recebi proposta de 15 mil reais para um programa e disse não”. Entrou em contradição quando afirmou no início que muitas pessoas tratam a prostituição como algo criminoso. Ela mesma sabe que tal prática não traz realização alguma a quem exerce o ofício.
Lamentei ao ver aquela jovem tão exposta e pensando ainda que está fazendo um bem a sociedade. Mal sabe ela o mal que sugere sua história. Talvez quando compreender que o dinheiro não é tudo, mude de mentalidade e arrependa-se do que fez.
Uma última observação, esta sobre a Rede Record, dirigida por líderes evangélicos, membros da denominação Universal do Reino de Deus, talvez a estes podería-se aplicar a máxima bíblica que “as prostituta vos precederão nos Reinos dos Céus”.