Em uma das catequeses durante a JMJ em Madrid o fundador da Comunidade Shalom, Moysés Azevedo falou que a catolicidade é uma das experiências fortes vividas durante o encontro mundial da juventude com o papa. Estava certíssimo.

Mesmo antes dos dias da JMJ a Espanha já era invadida pelos peregrinos que de todos os continentes acorriam para ter com o sucessor de Pedro. Em Barcelona encontrei diversos grupos de variadas expressões eclesiais sempre portando bandeiras e  cantando  músicas  de saudação ao papa.

Na igreja de santa Mônica, na avenida La Hambla os jovens se reuniram durante a noite para rezar diante Cristo Eucarístico, contar o testemunho de vida e depois sair pelas ruas evangelizando. Algo simples, mas novidade na Europa que envelhece e se distancia de suas raízes cristãs.

Alguém me perguntou quais seriam as atividades missionárias durante a JMJ. Ocorreu-me que a própria Jornada, em si, é um sinal eloquente. Um articulista catalão fazia uma interrogação interessante. Como um ancião como o papa pode atrair milhões de jovens? No final do texto arrematava, “nenhum político, desportista ou artista possui o poder de convocação como o de  Bento XVI”.

Andar pelas ruas de Madrid foi uma experiência tocante. Nas estações de transporte público, dentro dos metrôs, nas praças e nos locais de concentração uma multidão gritava “Benedicto” ou o estribilho “Esta é a juventude do papa”. Não havia como não se contagiar com tanta alegria e entusiasmo.

Vale dizer que a concentração de dois milhões de jovens se deu de modo ordeiro, com plena correção e positividade. Os momentos de silêncio durante a oração  foram inauditos.

Retorno deste encontro ainda mais enraizado na fé, ainda mais apaixonado pela igreja e pelo papa.

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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