“X”. É só uma letrinha, mas substituindo as flexões “o” e “a” tenta eliminar a referências os sexos femininos e masculinos para dar lugar ao gênero neutro. O uso do caractere, longe de alcançar consonância entre os linguistas para este fim,  foi adotado  recentemente pela Bobs, uma rede de hamburgueria, na sua mais nova campanha sintetizada na hashtag: #EuNãoEstouSozinhx

Uma das peças da campanha traz texto : “O Bob’s acredita que todo mundo é livre, sem precisar seguir padrões. Por exemplo, nem toda mulher quer ter filhos. Se você é uma dessas que não seguem os padrões, conta pra gente com a hashtag #EuNãoEstouSozinhx “ . 

Apesar de criticar  padrões, a rede optou por seguir as determinações do feminismo. Para a jornalista Narlla Sales, mãe de três filhos e titular do blog Mãe das Crias comentou a campanha a pedido do Ancoradouro: ” é uma tentativa boba e frustrada de dividir as pessoas”. Complementa: “É lamentável que algumas marcas assumam uma posição – de modo institucional – que tenta potencializar a polarização das pessoas nas coisas mais simples da vida, como é a maternidade.

É evidente que nem toda mulher nasceu para gerar biologicamente, no entanto, todas fomos criadas para exercer algum tipo de maternidade para com as pessoas. Negar isso é negar a natureza feminina. Aí você entra na publicação e vê um monte de comentários de pessoas – inclusive mulheres – exaltando uma vida egoísta, preguiçosa e fechada em si mesma”.

 

Outra marca que aderia à agenda do gênero neutro, foi a Nununu, com apoio da cantora internacional Céline Dion. No comercial psicótico, a cantora pop  aparece invadindo uma unidade neonatal onde as crianças estão separadas pelo sexo de nascimento.

Na fala  traduzida por André Oliveira, a cantora diz: “Nossos filhos não são realmente nossos filhos, como todos nós somos apenas elos na cadeia interminável que é a vida”. “Para nós”, a artista continua, “eles são tudo. Mas, na realidade, somos apenas uma fração do universo deles.

Nós sentimos falta do passado; eles sonham com o amanhã”. No final da propaganda, lançada esta semana, a artista canadense diz: “Podemos empurrá-los para o futuro, mas o caminho sempre será uma escolha deles.” Para “apagar” a distinção de gênero, Dion sopra uma espécie de pó mágico no ar, mudando as roupas rosa e azul dos bebês para preto e branco, propondo assim um gênero neutro.

 

 

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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