O Bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto, se pronunciou sobre o caso da menina de 10 anos anos que, vítima do próprio tio, foi estuprada e engravidou. O pastor que também é médico pela USP lamentou a luta de alguns movimentos para que a gravidez de quase seis meses seja abortada. O Bispo classificou esse esforço pelo aborto como fruto da “ditadura da ideologia da morte”.
“Os médicos de Vitória, no Espírito Santo, respeitando a sua profissão toda ela voltada para a defesa da vida e alívio do sofrimento não quiseram realizar o aborto. Então decidiram levar a mãe para a Recife, onde o procedimento foi feito anos atrás em uma situação semelhante”, explicou o Bispo.
Dom Antônio Augusto lamentou a violência contra a criança e contra a vida. “É lamentável que num tempo onde a vida é tão ameaçada por um vírus ainda exista este vírus da ideologia da morte se espalhando pelo mundo”.
O Bispo lamentou neste momento não se ouvir vozes nos poderes executivo, legislativo e judiciário a favor da vida. Até mesmo na Igreja não se ouvem estas vozes, segundo o médico. “Onde os bispos que dizem que querem o povo protegido? Onde estão os padres que tanto falam dos direitos humanos e das legítimas exigências do bem comum?”, questionou.
O Bispo e médico Dom Antônio Augusto defende que as duas vidas sejam protegidas , a da criança que é mãe e a do bebê no seu ventre. “Protejam essa menina, ela já sofreu muito. Cuidem dela, pois embora seja uma gravidez de risco, não significa que é uma gravidez de risco de morte. É uma gravidez que nos leva a arriscar-nos no amor e na justiça para proteger as duas vidas . Todas as vidas importam, contudo, importam muito mais a vida das crianças. Nesse caso da mãe, de 10 anos de idade, e do bebê, o seu filho já com 5 meses e meio de vida”, ponderou.
Confira mensagem do bispo na íntegra
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Ótimo artigo! Considera-se aborto a interrupção do processo gestacional antes que a vida fora do útero seja biologicamente viável, antes do desenvolvimento completo ou ao menos viável, do nascituro, resultando, por consequência na morte deste. No Brasil, o aborto provocado é crime, com penas previstas de 1 a 3 anos de detenção para a gestante, e de 1 a 4 anos de reclusão para o médico ou qualquer outra pessoa que realize em outra pessoa o procedimento de retirada do feto.