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Aditivos alimentares são todos os ingredientes adicionados aos alimentos com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais deles, sem conferir nenhum valor nutricional. Esses componentes estão presentes em alimentos ultraprocessados e, de acordo com Priscila Pessoa, nutricionista e professora do curso de Nutrição do Centro Universitário Fametro (Unifametro), eles não devem ser oferecidos à criança.

“Os ultraprocessados, como pós para refresco, balas, bolinhos industrializados, achocolatados, dentre outros, são formulados para serem extremamente saborosos e induzir o consumo frequente. Isso é particularmente crítico no começo da vida, já que a criança está formando a base de seu hábito alimentar. O consumo desses alimentos pode levá-la a ter menos interesse pelos alimentos in natura ou minimamente processados”, explica a nutricionista.

Embora os aditivos passem por testes e sejam aprovados por autoridades sanitárias, os efeitos a longo prazo e cumulativos nas crianças nem sempre são conhecidos, segundo a professora. “Os riscos são maiores quando o consumo ultrapassa a recomendação máxima permitida, determinada pelo peso da pessoa. Como o peso das crianças é muito menor que de jovens e adultos, mesmo consumindo pequenas quantidades dos produtos, têm mais chance de ultrapassar a quantidade máxima de aditivos. Alguns estudos apontam, por exemplo, a relação entre alergias e alguns corantes artificiais”, comenta.

Os aditivos alimentares podem desempenhar várias funções na composição dos alimentos – os corantes, por exemplo, são substâncias que conferem, intensificam ou restauram a cor do alimento. Já os conservantes, impedem ou retardam alterações provocadas por microrganismos ou enzimas. Os edulcorantes são substâncias diferentes dos açúcares, mas também conferem sabor doce ao alimento, e os aromatizantes são substâncias capazes de conferir ou reforçar o aroma e/ou sabor deles.

“Tanto para crianças quanto para os adultos, os alimentos ultraprocessados, além dos aditivos alimentares em geral, contêm, em sua composição, quantidades excessivas de calorias, sal, açúcar e gorduras. Quando consumidos em excesso, podem levar a problemas como hipertensão, doenças do coração, diabetes, obesidade e cárie dentária”, alerta Priscila.

Para identificar alimentos ultraprocessados, a profissional orienta observar com atenção os ingredientes. “Nas embalagens, os ingredientes são organizados em ordem decrescente de quantidade, ou seja, o primeiro ingrediente da lista é o que está em maior quantidade no produto e o último é o que está em menor. Se o produto possui cinco ou mais ingredientes e existirem alguns com nomes estranhos, pouco conhecidos ou que nunca usamos em casa, é muito provável que o produto seja ultraprocessado”.

Sobre o curso de Nutrição da Unifametro

Com nota 5 na avaliação do MEC (de 1 a 5), o curso é ofertado no campus de Fortaleza (Aldeota e Centro). A estrutura curricular da graduação em Nutrição da Unifametro objetiva proporcionar formação de um profissional generalista, com conhecimento e competência técnica, e atuação ética e humanizada, com capacidade de intervenção no mercado de trabalho nas diversas áreas da nutrição e alimentação. O curso é ofertado na modalidade presencial, nos turnos manhã e noite, e tem duração de 8 semestres. Saiba mais em: http://www.unifametro.edu.br/graduacao/nutricao/

About the Author

Renata Maia

Jornalista. Apaixonada por culinária e gastronomia. Encantada pelo mundo das panelas e em descobrir sabores, cores, temperos e texturas. Acredita que a comida pode e deve despertar bons sentimentos e criar memórias de felicidade e afeto. Sigam: @coresetemperos

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