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Nos últimos anos, um novo perfil alimentar tem conquistado espaço significativo no cenário mundial: o flexitarianismo. Este grupo, que prioriza alimentos de origem vegetal em sua dieta, está impulsionando mudanças no mercado de alimentos. A tendência flexitariana ganhou força à medida que um número crescente de pessoas, motivadas por preocupações com a saúde, sustentabilidade e ética, busca reduzir seu consumo de produtos de origem animal.
No Brasil, a pesquisa conduzida pela IPSOS para o EscolhaVeg em 2023, revelou que 23% da população já se declara flexitariana. Esses números evidenciam um enorme potencial de mercado para o segmento plant-based no país. Segundo dados do The Good Food Institute (GFI) no Brasil, cerca de 67% das pessoas reduziram o consumo de carne nos últimos 12 meses, em 2020 eram 50%. Além disso, cerca de 65% das pessoas afirmaram consumir alternativas vegetais para substituir produtos de origem animal pelo menos uma vez por semana.
“Optar por uma dieta baseada em alimentos vegetais oferece benefícios abrangentes. Os estudos demonstram que dietas ricas em vegetais podem diminuir o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o de intestino, e prevenir doenças como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão”, explica Esther Rolim, Especialista em Políticas Alimentares da Mercy For Animals (MFA) no Brasil.
Além dos benefícios individuais à saúde, aumentar o consumo de vegetais, especialmente leguminosas, grãos e cereais, pode ser uma ferramenta poderosa na construção de um planeta mais sustentável. O relatório do IPCC (2022) ressalta a transição para uma alimentação rica em vegetais como uma medida essencial para evitar cenários catastróficos decorrentes das mudanças climáticas, além de ser a medida que proporciona maiores reduções da emissão de carbono até 2050.
Nova dinâmica das empresas
As empresas estão respondendo a essa crescente demanda do público consumidor por opções plant-based, atendendo não apenas às pessoas flexitarianas, mas também a outros grupos, como pescetarianos, ovolactovegetarianos e vegetarianos estritos ou veganos. De acordo com a pesquisa da IPSOS para o EscolhaVeg, esses grupos representam 42% da população.
Para se adaptar a essa mudança no comportamento do público consumidor, as empresas estão introduzindo opções à base de plantas em seus cardápios, desde entradas até sobremesas. Algumas ajustam suas opções existentes para torná-las completamente vegetais, aumentando gradualmente a proporção de alimentos de origem vegetal em seus produtos.
Além disso, a comunicação eficaz é essencial, desde a nomenclatura e descrição dos pratos até o treinamento da equipe e estratégias de divulgação e promoção. O EscolhaVeg oferece suporte em todas essas etapas, fornecendo materiais, receitas, mapeamento de fornecedores e compartilhando relatórios e tendências para ajudar a garantir que as empresas tenham os recursos necessários para o sucesso nesse segmento em ascensão.
Mais informações
Site: www.escolhaveg.com.br/