Foto: Camila de Almeida
Um show dançante, vibrante e de encher olhos e ouvidos. Foi assim que a cantora Liniker ao lado da banda Caramelows se despediu da turnê Remonta, no dia 22 de junho, em Fortaleza, durante o segundo dia de Festival Vida & Arte. Em uma mistura de soul, MPB e samba, Liniker levou a plateia ao êxtase e me deixou encantada pela sua pluralidade explosiva.
Confesso que não conhecia a Liniker tão profundamente, nada além das playlists do Spotify. Coincidência ou não, Remonta foi o trabalho que me apresentou à jovem cantora e compositora paulista de 22 anos. A primeira vez que ouvi Louise du Brésil, faixa que integra o primeiro disco de estúdio, lançado em 2016, fiquei fascinada pela sonoridade da música. Mas, nunca tive a curiosidade de ir além disso. E como eu estava errada.
Liniker e Caramelows ao vivo é arrebatador. No palco, é simplesmente inquestionável. É impressionante como cantora e banda conseguem hipnotizar o público. É um domínio total do corpo. Ela extravasa com a força de sua música e uma voz inacreditável. Durante quase duas horas de show, Liniker prendeu milhares de pessoas com uma simpatia apaixonante e uma musicalidade que fez aquecer o ambiente.
Foto: Camila de Almeida
Não lembro exatamente a setlist daquela noite. Porém, consigo elencar aqui momentos que marcaram. Quando Liniker entoou a dançante e requebrante, BoxOkê o público “quebrou” junto com ela. Em Tua, a serenidade invadiu o ambiente. Já em Lina X, Liniker aproveitou para dançar junto. Claro, o show não é só dela. A banda toda merece os aplausos. É uma sintonia forte, bonita e energizante. As esperadas Caeu, Zero e Prendedor de Varal também fizeram bonito.
O fato é que com música boa e uma sonoridade grooveada, Liniker passeia sem segredos pelos espaços ora dançantes, ora intimistas envolvendo a todos. E, tudo isso com um discurso forte. Ela fala de igualdade, de aceitação, empoderamento. Liniker é serenidade que explode. Em tempo, não percam a oportunidade de assisti-la ao vivo. Como a própria cantora define: é um lacre.
