No ensino criativo, dinâmicas e novas experiências ajudam no desenvolvimento infanto-juvenil. Escolas do DF já apresentam exemplos práticos de aulas criativas.
Ensino Criativo

Escola Eleva (DF) já experiencia o ensino criativa no dia a dia das suas aulas.

Desenvolver a criatividade é fundamental para a melhor aprendizagem em sala de aula, uma vez que os estudantes são estimulados a pensar em soluções inovadoras para os desafios apresentados e, consequentemente, a aprofundar o estudo sobre determinado tema. Neste cenário de inovações e a facilidade de acesso à informação, as aulas criativas surgem como uma estratégia para que o ambiente escolar continue sendo atrativo e didático a crianças e adolescentes.

De acordo com a psicopedagoga e professora do Ceub, Ana Paula Sampaio, ensinar com criatividade é quando não só elementos pedagógicos e educativos fazem parte do plano de ensino, mas também conteúdos que perpassam pela emoção e contextos culturais. “O ensino criativo deve ter sua importância pedagógica, mas precisa apresentar um significado afetivo e social para o aluno”, orienta a especialista.

Alguns professores chamam atenção no quesito criatividade. Phillip Ferreira é professor de Ciências do 6º ano da Escola Eleva Brasília e Orientador Educacional da Secretaria de Educação do DF. Um projeto desenvolvido em sala foi nas aulas sobre pré-história, onde os alunos construíram um fóssil.

“Eles criaram um fóssil de dinossauro a partir de uma folha de papel pardo, tinta e claro: muita criatividade. As crianças tiveram que pesquisar como os dinossauros foram descobertos, quais as atividades que um paleontólogo realiza. Eles se colocaram no papel de “descobridores” de fósseis”, conta o professor.

Ainda segundo Phillip, a atividade ajudou os estudantes a perceberem a complexidade de juntar as partes corretas e assim respeitar a forma original do animal. Eles precisaram pesquisar quais eram os hábitos, alimentação e como era o ambiente em que os dinossauros viviam. Elementos que ajudaram os alunos a notarem as mudanças do planeta ao longo de 65 milhões de anos. “A aplicação de um projeto visando uma linha empírica faz com que os discentes sejam os protagonistas do seu próprio conhecimento”, completa. Além desse projeto, o docente também aproveita de suas habilidades de desenhista e ilustra animais no quadro para ensinar e divertir os jovens cientistas, como ele gosta de chamar os alunos em sala.

O ensino criativo e a tecnologia

A crescente tecnológica também influenciou os educadores na hora de montar suas aulas. O uso de celulares e computadores pode ser favorável aos professores e alunos, principalmente após experiências recentes de ensino remoto.

O professor de Física do Colégio Objetivo DF, Carlos Fernando Paschoal, gosta de utilizar vídeos do YouTube e podcasts para ganhar a atenção dos estudantes e também para ajudá-los a estudar em casa. “A utilização desses elementos trouxe mudanças positivas, no sentido do aluno ver a física com outros olhos. Alguns já até decidiram cursar a matéria na faculdade. A ideia é tornar as aulas mais divertidas e com interação”, finaliza o físico.

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Eduardo Siqueira

Um jornalista que ama Educação. Minhas experiências me fizeram imergir no universo da Educação, sentindo todo o seu poder transformador e percebendo o quanto ela ainda precisa de apoio. Aqui, busco fazer minha parte e ajudar as pessoas a compreendê-la nem que seja um cadinho.

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