Em entrevista a revista Nova Escola de janeiro de 2007, o leitor mais famoso do Brasil garantiu que não há idade para se apaixonar pelos livros. O empresário José Mindlin é o dono da maior biblioteca particular da America Latina e uma das raras pessoas no mundo a ganhar a fama por causa da paixão por livros.

Pois é. Ele é empresário. Pode comprar livros, tem acesso a internet, revistas e jornais. Mas, acredito que não seja preciso gastar todo o nosso salário ou inventar uma receita infalível para termos acesso a leitura. Seria interessante se o acesso a essas ferramentas fosse mais facilitado. Adultos leitores influenciam crianças leitoras e vice versa, diz uma pesquisa da ONU sobre leitura mundial.

A leitura une as pessoas. Nada mais prazeroso do que uma boa história contada em voz alta, uma poesia declamada, um cordel. Ler pode se tornar um hábito, assim como comer, se vestir ou assistir televisão. Bem que o rádio poderia incentivar mais a leitura colocando em sua programação “doses diárias de livros”, em vez de músicas que, muitas vezes, com suas letras, deseducam mais do que outra coisa! O rádio ainda é o meio de comunicação mais acessível no Brasil, chega nos lugares mais distantes e é também a tecnologia mais barata.

Leia um bom exemplo de incentivo a leitura na reportagem: “Vale mais que um trocado”, onde fala da iniciativa de doar livros em vez de dinheiro no trânsito.

http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/vale-mais-trocado-432764.shtml

E você, como ajudaria um adulto a adquirir o hábito da leitura? 

Faça um convite diferente. Leve alguém a uma biblioteca, empreste seus livros, visite bancas, jornais, escolas. Dê um livro de presente! Com certeza, todos juntos podemos mudar esses números. Basta começar!

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About the Author

Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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