Considerado um grave problema para a formação de estudantes e profissionais, o baixo índice de leitura do brasileiro, em torno de 4,7 livros por habitante a cada ano, pode ser combatido com mais vigor a partir de 2010.
O fundo, proposto pela cadeia produtiva do livro em dezembro de 2004, quando o Governo Federal deixou de arrecadar 9% em tributos com a desoneração do pagamento do PIS/Cofins, será somado ao Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e ao Programa Mais Cultura.
Estado e empresários encomendaram estudos para avaliar os impactos da iniciativa antes de redigir o projeto final, que será apresentado à Câmara dos Deputados.
Aprovada pelo Congresso, a iniciativa vai aplicar recursos para projetos que não apenas incentivem a leitura, mas também a instalação de bibliotecas públicas, hábito não cultivado por 73% da população. Apesar de ter proposto a criação do fundo setorial há cinco anos, e de ser beneficiado com a isenção de impostos, que totalizam cerca de R$ 160 milhões por ano, o setor vê com cautela a ideia. “Não estamos resistentes. Somos a favor da criação do Fundo Pró-Leitura.
Mas existe uma preocupação com o elo fraco da cadeia produtiva, que são os distribuidores e pequenos editores e livreiros.
Para avaliar os impactos, o setor vai contratar um instituto que realizará um estudo econômico”, afirma Rosely Boschini, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL). De acordo com ela, a crise financeira não é uma desculpa, é real. Enfrentamos dificuldades para acessar o crédito e há inadimplência.
Fonte: Correio Braziliense (DF), Rodrigo Couto