A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) constatou que a taxa de escolarização entre cinco e 17 anos saltou de 92,4% em 2007 para 93,3% em 2008. A taxa de escolarização está acima da taxa de ocupação em todas as faixas etárias até 16 ou 17 anos, quando a curva se inverte. A partir dessa idade, a parcela dos jovens que trocam a sala de aula pelo emprego aumenta.
A taxa também cresceu de 97% em 2007 para 97,5% em 2008 entre alunos de seis a 14 anos, e de 82,1% para 84,1% na faixa de 15 a 17, repetindo uma tendência de avanço da escolaridade entre os mais jovens. Na faixa etária de 18 a 24 anos a média de escolarização no Mato Grosso superou a nacional, com 34%, enquanto no Brasil foi de 30,5%, um aumento de 6,2% em relação à pesquisa anterior, feita em 2007. Na Paraíba, a taxa de crianças e jovens entre seis e 14 anos saltou de 96,6% para 98%.
Em meio a indicadores positivos, o Rio Grande do Sul surpreendeu ao apresentar um dos menores índices na taxa de escolarização de quatro a cinco anos. Conforme a Pnad 2008, mais da metade das crianças da faixa etária não estão matriculadas em instituições de ensino. No entanto, o estado tem a maior proporção de estudantes de sete a 14 anos na escola (98,7%).
Conforme a pesquisa, apenas 49% dos gauchinhos frequentam escolas antes do período obrigatório, que começa aos seis anos. Somente o índice de Rondônia (43,6%) é pior que a do estado.
Já o Ceará tem um dos piores índices a partir dos 15 anos. Entre quatro e 17 anos, 6,9% dos jovens estão fora da escola. Do ensino infantil ao superior, a taxa de escolarização do estado vai piorando gradativamente, saindo da melhor situação do país para um dos piores índices. Entre as crianças de quatro a cinco anos, idade correspondente ao ensino infantil, o Ceará tem a maior taxa de escolarização do Brasil. O índice obtido de 88,4% é bem superior à média nacional, de 72,8%.
Entre a população estudantil de seis a 14 anos, equivalente ao ensino fundamental, a taxa é de 97,5%, semelhante ao índice nacional. Mas o resultado piora na idade em que os adolescentes deveriam cursar o ensino médio (15 a 17 anos). A taxa de escolarização cai para 82,5%, abaixo da média nacional, de 84,1%. Com esse índice, o Ceará perde apenas para estados como Maranhão, Piauí, Sergipe, Bahia, Amazonas, Roraima, Amapá e Tocantins.
Em geral, em todas as regiões, houve incremento da escolarização dos jovens de seis a 14 anos. Mas cinco estados apresentaram redução na taxa de escolarização de estudantes de 2007 para 2008. O maior recuo foi em Roraima, de 1,3 ponto porcentual, de 97% para 95,7%. Em seguida, aparece Santa Catarina, com queda de 1,2 ponto no indicador, que passou de 98,4% para 97,2%. Depois, vem Alagoas, Goiás, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Há um dado a mais que não aparece: o quanto dessa má formação produz de reprovação e atraso na conclusão do ensino superior, quando cada aluno custa cerca de R$ 10.000,00 /ano em universidade pública. Dos 90 calouros/2009/UFPA dos cursos de Física e Estatística, apenas 06(seis) foram aprovados na primeira disciplina de matemática desses cursos, que é cálculo I.