Apesar dos avanços nos últimos dez anos, quase dois terços dos jovens de 18 a 24 anos no país começam a trabalhar sem ter concluído o ensino médio.

Segundo a síntese dos Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada esse mês, o percentual dessa faixa que haviam, pelo menos, concluído o nível médio foi de 37% em 2008. Olhando para trás, o avanço foi significativo, pois a taxa, que estava em 18% em 1998, dobrou em dez anos.

Apesar da melhoria, o país ainda está distante do padrão dos desenvolvidos, tendo avançado em ritmo menor que algumas nações. Os técnicos do IBGE verificaram a tendência de aumento da frequência escolar na primeira infância, embora em ritmo ainda lento. O maior crescimento da taxa ocorreu na faixa dos quatro a seis anos: de 57,9% para 79,8% entre 1998 e 2008. Crianças de até três anos, a taxa de frequência escolar passou de 8,7% para 18,1%, no período

A pesquisa a aponta que 8% das crianças de nove anos ainda não haviam sido alfabetizadas. Na faixa de 15 a 17 anos, em que o jovem deveria estar cursando o ensino médio se não houvesse atraso em sua trajetória escola, 51% estavam no nível adequado para sua idade. Em 1998, a taxa era de 30%. No Nordeste, a proporção chegava a 16%.

dicas-de-cursos-profissionalizantes-mais-procuradosDados do IBGE mostram que, em 2008, 1,2 milhão de jovens de 18 a 24 anos não exerciam atividade produtiva, não trabalhavam, não estudavam e não ajudavam em afazeres domésticos. O número representava 5,37% do total da população nessa faixa etária.

Segundo os pesquisadores, o fenômeno se deve em boa parte ao desemprego, mas outros fatores, como deficiências, doenças ou simplesmente falta de ocupação, também pesaram. Alvo de investimentos ainda tímidos, o ensino profissionalizante é capaz de aumentar em até 37,4% o rendimento médios dos jovens que o cursaram.

O Ceará tem avançado nessa questão. Hoje a procura por cursos profissionalizantes aumentou em quase 30%. Vamos ficar atentos a essa questão. Muitas oportunidades de emprego surgem e os jovens não estão capacitados para as funções. Estudar ainda é a solução!

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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