Com a obesidade infantil atingindo a marca histórica de 15% das crianças brasileiras, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, muitas escolas resolveram entrar na luta para deter a epidemia.
Mas, no esforço para ensinar os alunos a terem uma alimentação saudável, alguns colégios acabam adotando medidas polêmicas, como proibir e até “confiscar” certos lanches.
Segundo a endocrinologista Angela Spinola e Castro, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por mais que a escola se esforce, a criança não criará hábitos saudáveis sem a contribuição dos pais.
Ela acredita que a escola não pode transferir para si um papel que não é dela, pois se a criança vem de uma casa onde as pessoas comem sem restrição, não vai aceitar isso.
Exemplo de que a educação começa no seio familiar. Isso não impede, todavia, de a escolar se comprometer a elaborar um projeto envolvendo a educação alimentar como tema principal e envolver os pais nessa ação. Muitas vezes, com a correria do dia a dia e o forte apelo dos fast-foods, se torna mais fácil se alimentar assim.
Quem sabe a escola não ajuda na orientação dos pais também? Eu acho uma bela maneira de praticarmos a educação inclusiva. Quem sabe um desses pais não é ligado a área de saúde:endocrinologista, nutricionista, enfermeira ou enfim, ajuda na elaboração desse projeto? Vamos procurar pensar no bem estar de todos e não somente nos papeis que cada um deve desempenhar. A escola e a família não podem mais viver separadas! Pensemos nisso.