Um fenômeno recente tem se repetido com frequência nas Varas de Família de todo o País: a busca da Justiça pelos pais, como forma de suprir a sua incapacidade de estabelecer limites e fazer seus filhos cumprirem regras.

Não têm sido raras as audiências em que alguns pais, inseguros do seu papel, comparecem na companhia dos filhos e delegam ao julgador escolhas cotidianas, numa declarada manifestação de limitação do exercício da sua autoridade.

É inegável que o ambiente contemporâneo – com divórcios em série, novos casamentos e uniões homoafetivas – alterará radicalmente o conceito dos núcleos familiares.

Atualmente, as famílias são muito mais do que as pessoas que vivem no mesmo ambiente doméstico, ligadas por identidades biológicas e econômicas. O desafio, em meio a tantas mudanças de comportamento, é saber educar corretamente os filhos.

 A tentativa de transferência dessa tarefa, primeiro para a escola, depois para os terapeutas e agora para os juízes não parece ser o melhor caminho. Para a educação ser eficiente, a comunicação entre pais e filhos tem de ser clara e não se resume a uma mera troca de palavras, e sim, ao exemplo.

Fonte: O Estado de S. Paulo (SP)

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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