Após os erros denunciados por vários estudantes, a Justiça Federal do Ceará suspendeu o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em todo o País, por considerar que a aplicação de uma nova prova apenas para parte dos participantes irá comprometer a isonomia do processo.
A juíza Carla de Almeida Miranda Maia acatou o pedido de liminar do Ministério Público Federal. Para a Procuradoria, os candidatos foram prejudicados pelo erro na impressão em parte das provas, aplicadas no último fim de semana, em especial as de sábado.
O Ministério da Educação diz que não há necessidade de suspensão da prova a todos os 3,4 milhões de alunos que prestaram o exame, já que 2.000 estudantes foram prejudicados pelo erro de impressão no sábado.
O MEC já disse que vai recorrer caso a decisão não seja revista. Para a juíza, a intenção Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) em realizar um novo exame apenas para os alunos que verificaram erro de impressão na prova não resolve o problema.
Para ela, isso poderia ferir o direito de igualdade entre os candidatos remanescentes. Ontem, a Defensoria Pública da União afirmou que vai recomendar ao MEC que reagende a primeira prova, aplicada no sábado. O Ministério tem o prazo de dez dias para responder.