Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), são vendidas no Brasil, por mês, cerca de 400 milhões de baterias e mais de 1 bilhão de pilhas. Desse total, estima-se que apenas 1% seja reciclado.

Tendo em sua composição metais pesados e altamente tóxicos, como cádmio, chumbo e mercúrio, elas representam um problema ambiental grave ao serem jogadas no lixo comum. Seu tempo de degradação é estimado entre 100 e 500 anos, sem contar a contaminação do solo, cursos d’água e lençol freático.

Uma iniciativa do Programa de Educação Tutorial (PET) do Curso de Engenharia Ambiental da UFC tem atuado contra esse problema por meio da coleta de pilhas e baterias, no bairro Planalto Pici. Desde 2012, o projeto vem realizando ações de sensibilização na comunidade, instalando coletores de pilhas em comércios locais.

“As pessoas do bairro compravam as pilhas nos comércios da área e tinham a possibilidade de depositar as usadas, sabiam onde lançar esse material. Instalamos 50 coletores e, ao longo de 2013, alcançamos o total de 48 quilos”, comenta o coordenador do projeto, Prof. Ronaldo Stefanutti.

Duas caixas integrando o primeiro lote de pilhas coletadas foi postado na última semana, via correio, para a Abinee. Em parceria com o projeto, a Associação custeia o envio e recebe o material, para o qual define uma destinação adequada. No intuito de avolumar as próximas remessas, se iniciará, ainda este mês, a instalação de novos coletores no Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra.

Imagem: Postos de coleta estão localizados no Centro de Tecnologia, no Campus do Pici (Foto: Jr. Panela)

Atualmente são dois pontos de coleta: um no bloco que sedia o Curso de Engenharia Ambiental e o outro na Associação Técnico-Científica Eng. Paulo de Frontin (Astef), ambos no Centro de Tecnologia. Parcerias e visitas a escolas nas redondezas do Campus do Pici também estão agendadas para este mês e devem ser empreendidas pela equipe do PET, que hoje conta com 10 estudantes.

“A gente tenta coletar aqui na própria UFC, falamos com nossos colegas de sala, pessoas do curso. Neste mês, a gente vai espalhar pelo Campus 10 coletores, em pontos de referência do Pici, e vamos, de duas em duas semanas, verificar o conteúdo. Também já entramos em contato com diretores de escolas das adjacências para realizarmos ações de educação ambiental – conscientizando os alunos a respeito da importância de coleta de pilhas e implantarmos os coletores”, detalha o bolsista do PET e integrante do projeto, Lucas Abreu.

“Estamos vendo que o sistema funciona. Então, vamos estender isso às escolas para que elas próprias façam as coletas e, quando atingir um volume de 30 quilos, acionem a Associação e providenciem o envio desse material pra lá. É uma ação de sensibilização que estamos fazendo, provocando a proatividade da comunidade, criando um canal de envio desse tipo de material. O projeto das pilhas é uma das ações que fazem parte da meta de implantação da coleta seletiva no bairro Planalto Pici”, destaca Stefanutti.

SERVIÇO – O PET de Engenharia Ambiental recebe, gratuitamente, pilhas e baterias usadas e as encaminha para reciclagem. Interessados em realizar a entrega de material podem fazer isso na sala do PET, das 8h às 18h, no bloco 708 do Centro de Tecnologia, no Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra.

Fonte: Prof. Ronaldo Stefanutti, tutor do PET de Engenharia Ambiental – fone: 85 3366 9179

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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