Mais do que diversão, a leitura de histórias para os filhos pequenos, especialmente os com menos de três anos, agora é “prescrição” médica.

Uma nova recomendação da Academia Americana de Pediatria (APP) diz que os médicos devem orientar os pais a lerem em voz alta para os bebês como forma de estimular a linguagem, o desenvolvimento da alfabetização e o fortalecimento das relações afetivas entre eles.

A mesma orientação deverá ser seguida pelos médicos brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

A ênfase dada às crianças pequenas (até três anos) tem uma explicação: os primeiros 36 meses de vida são cruciais para o desenvolvimento do cérebro e de habilidades como falar, aprender e pensar.

Para editar a nova política, a APP se baseou em estudos que demonstram que bebês e crianças pequenas expostos à leitura têm melhores competências linguísticas quando ingressam na escola.

No Brasil, mais da metade (56,5%) dos alunos com idade de oito anos chega à terceira série do ensino fundamental sem aprendizagem adequada para a leitura. E 70% não sabem escrever corretamente, segundo dados do Plano Nacional de Educação.

Fonte: Folha de SP

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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