No Brasil, cerca de 3 mil pessoas por ano são vítimas de tráfico para trabalho forçado e condições análogas à escravidão, de acordo com o Relatório Global 2014 sobre Tráfico de Pessoas, divulgado pelo Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC).

Segundo a publicação, a maioria das vítimas constatadas no Brasil nas diferentes formas de exploração são brasileiras. Da América Latina, bolivianos e peruanos são constantemente traficados no Brasil.

Em relação ao tráfico de pessoas para exploração sexual, o número subiu de 59 em 2010 para 145 em 2012. Parte das vítimas são traficadas para a Europa.

Entre 2010 e 2012, foram acusadas 257 pessoas por crimes de tráficos de pessoas e outros crimes relacionados no Brasil. Destes, apenas 96 pessoas foram processadas e 35 condenadas, sendo 13 estrangeiros e 22 brasileiros.

No mesmo período também foi constatado um maior envolvimento de mulheres com o tráfico de pessoas no país. Do total de acusados, 81 eram mulheres. Destas 26 foram processadas e 11 condenadas.

A autoridades brasileiras informaram que a atual legislação sobre o tráfico de pessoas no Brasil criminaliza o tráfico nacional e internacional para fins de exploração sexual.

Já a criminalização do tráfico para trabalho forçado é embasada de acordo com a legislação sobre o trabalho em condições análogas à escravidão.

Além disso, as autoridades nacionais também relataram o uso da legislação contra a adoção ilegal e a lei para transplantes para julgar casos de tráfico de pessoas.

Acesse os dados sobre o Brasil e outros países da América do Sul clicando aqui.

Acesse o relatório global clicando aqui.

Fonte: ONU Brasil

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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