A adolescente paquistanesa Malala Yousafzai, que ganhou um Prêmio Nobel da Paz por sua campanha pela educação, pediu aos líderes mundiais, nesta quinta-feira, que deem 12 anos de educação gratuita para todas as crianças, durante uma grande cúpula sobre educação, defendendo que isso é fundamental para “empoderar” as meninas.

O Fórum Mundial de Educação, que aconteceu na Coreia do Sul, recebeu ministros e organizações não-governamentais de 160 países para definir metas de educação para os próximos 15 anos, para que elas sejam incorporadas em um novo conjunto de metas globais.

Os líderes garantiram que essas metas — que serão finalizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro — serão implementadas. De acordo com elas, os países devem fornecer 12 anos de educação primária e secundária financiada pelo Estado a todas as crianças, com nove anos de educação grátis e obrigatória.

Aos 17 anos, Malala, que tornou-se uma ativista pela educação desde que sobreviveu a uma tentativa de assassinato do Talibã em 2012, pediu aos líderes mundiais que apoiem esses objetivos, ressaltando que os 12 anos de educação gratuita são fundamentais, especialmente para as meninas.

“Todos os dias, minhas irmãs ao redor do mundo lutam para conseguir um espaço na sala de aula”, disse Malala em um pronunciamento. “Elas querem ser as melhores que puderem e retribuir suas comunidades e o mundo. Isso significa que elas precisam ter a oportunidade de receber 12 anos de uma educação de qualidade”.

Malala e seu pai, Ziauddin Yousafzai, criaram o Fundo de Malala em 2013, para lutar em nome de 62 milhões de meninas em todo o mundo que não têm acesso ao ensino secundário e a trabalho em Serra Leoa, Paquistão, Nigéria, Jordânia, Líbano, e Quênia.

Fonte: O Globo

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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