Um novo problema tem surgido com relação à saúde de nossas crianças no Brasil. A obesidade infantil está cada vez mais presente em nossa sociedade, tornando esse um grande desafio para os próximos anos.
Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, do Ministério da Saúde, mostram que, em 2013, aproximadamente 8% de todas as crianças de 0 a 5 anos eram consideradas obesas no Brasil. Em números absolutos, eram 345.270 crianças nessa condição, dentro da faixa etária, o que representa um aumento de 79,3% desde 2008.
A nutricionista Andréa Santa Rosa destaca os maus hábitos alimentares como a principal causa do aumento. “Cada vez mais a indústria alimentícia lança no mercado produtos que colaboram para o aumento na obesidade no país. Há um excesso de carboidratos refinados (açúcar invertido, maltodrextina, frutose, açúcar branco, xarope de glicose), gordura trans, hidrogenada, saturada, corante, edulcorantes e outras substâncias artificiais que são inseridos nos produtos sem necessidade”, afirma.
Segundo a nutricionista, uma alimentação inadequada da mãe durante a gestação, e a introdução à alimentação complementar sem orientação de um profissional também contribuem para o desenvolvimento da obesidade infantil. “A rejeição por alguns alimentos é comum na criança que está começando a alimentação completar, afinal ela passou os seis primeiros meses de vida se alimentando apenas do leite materno.
Cabe à mãe ser firme e não desistir de oferecer frutas, legumes e verduras, o que não acontece na maior parte das vezes, pois há uma preocupação do filho ficar com fome e perder peso”, diz. E as consequências da obesidade para a saúde da criança são grandes.
“O aumento da prevalência de obesidade nesta faixa etária é preocupante devido a associações metabólicas, cardiovasculares, pulmonares, ortopédicas e psicológicas. E o excesso de peso na infância é um fator de risco para o desenvolvimento da obesidade na vida adulta, ou seja, há um risco aumentado da criança obesa permanecer nesta condição”, explica Cintia Cunha, nutricionista e técnica da equipe de saúde da Fundação Abrinq.
A melhor maneira para enfrentar o problema é com uma drástica mudança nos hábitos alimentares. Andréa, destaca que os pais têm um papel fundamental para que as crianças tenham uma alimentação saudável. “É preciso enfatizar o papel dos pais na alimentação dos filhos. É de extrema importância que o exemplo venha deles, de dentro de casa”.

Fonte: www.ebc.com.br

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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