A prática de atividade física deve ser um hábito presente em pessoas de todas as idades – inclusive nas crianças. Nos pequenos, os esportes ajudam a desenvolver a inteligência, a formação de caráter e a afetividade; estimulam a socialização, oferecem uma melhora na qualidade de vida, auxiliando no domínio do próprio corpo e no aumento da autoestima.
“Quando a criança mantém uma rotina de exercícios, também aprende a ter respeito às regras, além de empenho frente aos desafios e a lidar com as adversidades” explica o dr. José Gabel, pediatra e vice-presidente do Departamento de Cuidados Domiciliares da SPSP (Sociedade de Pediatria de São Paulo).
“Fisicamente, os benefícios também são diversos: melhoram a coordenação motora, equilíbrio, força muscular, flexibilidade e função cardiorrespiratória. Além disso, ajudam na prevenção da obesidade, hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, ansiedade, depressão e osteoporose”, complementa. Para um maior estímulo à prática esportiva, é importante que os pais (ou responsáveis) sejam exemplos e também levem a criança a conhecer atividades diferentes. Com o tempo, ela descobrirá seu potencial e talentos para usar suas habilidades da maneira correta.

 

Algumas medidas podem estimular a criança a se movimentar desde a fase da lactação: a partir dos 6 meses de idade, o uso dos cercados permite que a criança observe o ambiente, brinque e se apoie para tentar ficar em pé; aos 10 meses, a criança já deve começar a engatinhar e andar com apoio. De 1 a 3 anos, as atividades físicas já podem ser introduzidas por meio de brincadeiras, como amarelinha, danças, esconde-esconde, entre outras.

Crianças de 4 a 8 anos já podem começar a se aventurar no mundo dos esportes. Aulas de iniciação esportiva que preconizam o contato com diversas modalidades (futebol, vôlei, handebol e basquete, principalmente), colaboram para o desenvolvimento da coordenação física e psicomotricidade – que consiste na integração das funções motoras e psíquicas em consequência da maturidade do sistema nervoso.

Dos 8 aos 11, as atividades devem ser pré-desportivas, explorando elementos técnicos e táticos de  modalidades individuais ou coletivas. Na faixa etária que vai dos 12 aos 16 anos ocorre a especialização em determinada modalidade esportiva; fatores como motivação, idade e biotipo são muito relevantes para a sua prática. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda 60 minutos diários – e, preferivelmente, de 5 a 6 vezes por semana – de atividades aeróbicas para crianças e adolescentes entre os cinco e 17 anos de idade.

É essencial também que o jovem possua uma rotina alimentar saudável, com conhecimento sobre os males de uma suplementação inadequada e do uso de anabolizantes – além de orientações contra o fumo, bebidas alcoólicas e drogas.

Fonte: Tribuna da Bahia

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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