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Depois que acabo de ler algum outro livro, sempre acabo voltando para este: O Pequeno Príncipe. É como se fosse um vício sabe, um vício dessa história, dessas metáforas, dessa realidade pueril. O livro além de tudo, é mágico, é surreal, é real, é impressionante. Tive o primeiro contanto com ele, em 2007, numa das minhas andanças pela biblioteca pública aqui de Fortaleza. Depois que li, gostei e quis para mim, queria ter aquele livro sob às minhas ordens,os meus sonhos, daí que depois de um tempo ganhei de presente da minha irmã e tenho até hoje, conservado em uma redoma de amor e paixão. Mas vamos falar sobre o livro, que é o que vocês estão esperando não é mesmo?

A narrativa é metafórica, com ilustrações e de uma linguagem clássica, mostrando a história de um pequeno príncipe, único habitante de um asteróide, ele vive junto a uma rosa na qual ele tem um grande amor, o pequeno príncipe viaja para conhecer outros planetas e acaba parando na Terra onde conhece o narrador da história.A trama é uma crítica aos hábitos e vícios dos adultos nunca questionados, mandando uma linda mensagem que somente será captada pelos leitores de mente aberta e bom coração.

“As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e é cansativo, para as crianças, estar toda hora explicando.”

“As estrelas são todas iluminadas… Será que elas brilham para que cada um possa encontrar a sua?”

“Mas, com certeza, para nós, que compreendemos o significado da vida, os números não têm tanta importância.

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O livro sofre um pouco de preconceito, pois é considerado por muitos como uma obra infantil, que apenas crianças podem lê-lo, mas estão enganados, já que essa talvez tenha sido a ideia do autor ao escrever a obra: Você não precisa ser uma criança para ler o livro, apenas precisa deixar de agir como um adulto o tempo todo, e tentar enxergar o mundo com menos preocupação e mais pureza.

O autor transmite essa mensagem em várias passagens durante a estória como, por exemplo, o piloto que quando criança queria seguir a carreira de desenhista, mas desiste quando todas as pessoas acreditam que seu desenho de uma jiboia digerindo um elefante se trata, na opinião deles, de um chapéu. E mais tarde, quando ele encontra o principezinho no deserto ele descobre que o garoto é capaz de perceber que aquilo que todos tratavam como a ilustração de um chapéu é, na verdade, uma jiboia digerindo um elefante. Somente uma criança não se deixa limitar por traços e formas. Uma criança é capaz de enxergar além disso. É capaz de criar um mundo com apenas uma folha de papel ou um lençol.

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O principezinho não é nada mais que a personificação da infância do próprio piloto, que se perdeu quando ele teve que se adequar ao mundo dos adultos, e que agora volta para mostrar a ele que manter um pouco de inocência e pureza não é uma coisa ruim.

Por vezes, o principezinho incomoda as pessoas com suas perguntas simples, porém donas de grande inteligência. Sua vontade de querer saber o porquê alguém faz determinada coisa, mostra a curiosidade de toda criança em buscar o conhecimento de uma forma que seja fácil de entender, e a dificuldade que os personagens encontram em responder perguntas tão simples, mostra o quanto, às vezes, fazemos coisas apenas por que outras pessoas fazem, falamos coisas somente por que alguém disse, sem saber o real motivo daquilo, tudo cai na rotina e não nos preocupamos em saber por que tal coisa é feita assim. Os adultos são criaturas difíceis, como diria o garotinho.

O livro também é dono de citações memoráveis. Quem nunca ouviu ou disse alguma vez frases como: “Você é responsável por aquilo que cativas” ou “O essencial é invisível aos olhos”? Citações belíssimas, que guardam uma sabedoria imensa. Nunca havia lido um livro que com tão poucas paginas mexesse tanto comigo. É quase impossível não se apaixonar pelo pequeno príncipe, e pela lição que ele nos deixa: Que precisamos mais do que nunca ver o mundo com os olhos de uma criança.

FxCam_1403374431529A mensagem que “O Pequeno Príncipe” quer transmitir é que nunca devemos abandonar ou deixar morrer a criança que existe em nós, pois ser um adulto, que só pensa como adulto, age como adulto durante todo tempo é uma coisa chata e que nós limita dentro do nosso próprio mundo. Algumas vezes devemos deixar aquela criança sair e comandar, um pouco, nossas atitudes, nosso modo de ver as coisas, nosso modo de pensar, do modo que só uma criança consegue. E para que possamos ser capazes de ver essa mensagem que está presente em todas as entrelinhas, temos que deixar que o pequeno príncipe, que existe dentro de cada um de nós, saia e nos acompanhe durante a leitura. Então caiam nessa leitura linda, que é este romance.  Há, ia quase me esquecendo. Recentemente foi lançado o trailer da adaptação do livro para o cinema, vai ser uma animação e eu já estou super empolgado para assisti-lo, mas teremos que esperar até o ano que vem.  Fica aqui o link do trailer para você verem e ficarem com o gostinho de quero mais. Abraços.

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FICHA TÉCNICA:

Título: O Pequeno Príncipe
Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Editora: Agir
Páginas: 93