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A memória do amor que recebemos é alimento para o amor que entregamos. É lembrete que o coração deve ler todos os dias, antes de pensar em fechar as portas. É o próprio amor, assumindo o lugar de professor e nos ensinando a amar. A memória do amor é remédio contra o amargor; é amortecedor para a dureza da vida. É aquilo que confere valor genuíno a uma lembrança que, sem esse sentimento, seria apenas legalzinha.
O amor que recebi é tão bonito, tão leve e tão simples. Não há barreiras que impeçam, não há morte ou plano espiritual que acabem com o amor. O amor paterno, materno, fraterno, todo tipo, todos os que eu tive e tenho. Nesse dia de finados, só devemos agradecer pela existência eterna dos nossos entes que se foram, se foram mas continuam intactos, inertes e inabaláveis dentro dos nossos corações. Vivo, tão vivos quanto nós. Saudades…

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