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Esse é um dos melhores livros que já li em toda a minha vida, primeiro porque a história é cativante e segundo porque tem muita história, e sempre gostei dessa matéria na escola. Fala sobre a Segunda Guerra Mundial, sobre Hitler, sobre a Alemanha Nazista, sobre vários pontos históricos que são necessários para o conhecimento da realidade do passado.  Eu já li esse livro há muito tempo, reli essa semana,  porque gosto muito, em apenas dois dias eu devorei as 480 páginas, mas vamos lá ao que interessa…

A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler.

Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade.

A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto – e raro – de crítica e público.

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A Morte narra os quatro anos em que se “encontrou” com Liesel, anos no qual ela roubou vários livros, aprendeu com eles, acolheu um judeu em casa em plena Segunda Guerra Mundial, viu que por onde Hitler passava ele deixava a sua marca, que na maioria das vezes, era bombas e muita morte.

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Texto: Eduardo Sousa || Imagens: Eduardo Sousa e Internet

 

 

 

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