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O mundo de quem gosta de ler mudou, ou nem tanto… Com o advento da internet, com a popularização das tecnologias e consequentemente o surgimento das plataformas onlines, o mundo dos livros e até o próprio conceito de livro, mudou. Agora podemos ler livros através de telas, através do mundo digital, como se fosse uma nova descoberta do ser humano. Uns amam e adoram essa nova tecnologia, acham a cara da modernidade e não abrem mão de ler um bom livro clássico na versão digital. Mas há também, gente, assim como eu, que não larga um bom livro impresso, com capa, contra capa, língua e adjacências impressas, tudo impresso, tornando -se assim uma coisa mais concreta,  onde podemos manusear, sentir o cheiro do livros, brincar com as páginas e entrar com tudo no mundo onde os leitores de plantão adoram: o mundo da imaginação.

Não tem como discordar de que com os livros na versão digital há uma maior interatividade com o leitor, aproximando os leitores de determinadas obras por exemplo, através de aplicativos, de programação, tudo isso conta para as novas gerações,  e influencia na hora de consumir um livro. Seja pela praticidade e todo o positivismo que ele traz, como por exemplo o tamanho que chega a caber no bolso, apresentando no mundo digital uma transição entre o livro antes e o livro depois, a plataforma digital tem sim o seu lado bom, mas não afeta na existência dos livros impressos.

Existem muitas pessoas que acreditam no final dos livros impressos, dos jornais impressos, das revistas, enfim, de toda e qualquer obra impressa, acreditam na era digital, no mundo digital,  onde a cibercultura chega a consumir até a mente dos que assim pensam. Acredito que a tecnologia veio para ajudar o homem nas suas tarefas diárias e que pode ser usada para o bem e para o mal, poder ser útil e inútil ao mesmo tempo, então acreditar que o fim dos produtos impressos está próximo  é não acreditar na modernidade, onde vai ter gosto para tudo e para todos, os que gostam de ler e folhear e os que gostam de clicar e mudar de página, tudo envolvendo a leitura.

Poderia enumerar aqui vários prós e contras dos dois lados, de quem gosta do impresso e do digital, mas acredito que seria inútil, porque cada qual tem o seu gosto, term gente que gosta dos dois, ou que cada tipo de leitura merece uma determinada plataforma e assim vão se adaptando ao mundo tecnológico, sem querer ficar para trás. Podemos sim guardar os nossos costumes de ler, de carregar o livro no braço, mas não podemos ficar inertes  aos avanços do mundo digital e de toda as possibilidades que ele pode nos trazer, ser démodé, jamais.

Presentes pais, ou futuros pais, que estejam lendo este post,  incentivem os seus filhos a lerem no impresso, ajudem-os a manusear o mouse, incentive também a usar o digital, no final das contas, tudo vai ser somado e vai pesar positivamente  para ele quando estiver adquirindo livros em uma livraria ou comprando exemplares nas plataformas digitais da vida. É interessante sim, ler o impresso e divertir-se com o digital, usando somente as nossas linhas digitais para folhear os milhares de arquivos de livros dentro, sem pesar mais nenhum quilo. Vamos ao digital, mas sem esquecer das nossas raízes impressas.

O jornalista Eliomar de Lima, em entrevista para o blog Entre Aspas, conta que assim como o antigo hábito de tomar um bom café, com ou sem açúcar, não importa, é preciso saber lidar com o presente e com o passado, saber ler e gostar do  impresso e do digital,  é preciso ter essa cultura, essa dubialidade,  passando de geração a geração… 

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Texto e Multimídia: Eduardo Sousa

 

 

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