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Amir e Hassan vivem realidades muito diferentes. Amir é rico e Hassan é o filho de um caseiro. Amir tem o privilégio de ser um pashtun e Hassan é só um hazara. Amir é medroso e egoísta e Hassan é conhecido por sua coragem e dignidade. Apesar de todas as diferenças possíveis entre Amir e Hassan, eles são amigos. Mas a amizade deles é colocada a prova naquele inverno de 1975. O dia que mudaria a vida de ambos para sempre.

Parte da história dO Caçador de Pipas passa durante a guerra do Afeganistão e para ser sincero, eu temia que a história toda fosse sobre a guerra. Temia porque não gosto de histórias de guerra. Pelos menos as guerras modernas. Gosto sim de guerras da época em que a arma mais potente era um canhão. Da época em que os homens tinham que lutar corpo a corpo contra espadas e flechas. Da época em que havia grandes líderes e homens acreditavam lutar por um bem comum. Entretanto, a guerra do Afeganistão é somente o pano de fundo para uma história muito mais profunda sobre amizade, traição e principalmente, redenção.

Em alguns momentos, durante a leitura do livro, imaginei que se colocasse um nome duplo ao personagen principal, como Amir Antônio, por exemplo, O Caçador de Pipas viraria um grande drama mexicano. Porque, gente, é muita desgraça e reviravoltas na vida de uma pessoa só. Mas em nenhum momento a trama se tornou piegas. Pelo contrário. Me peguei muitas vezes refletindo como um simples ato, uma simples escolha pode selar o nosso destino para sempre.

Khaled Hosseini escreve de forma gostosa, leve e consegue te prender muito bem. Vale cada página lida, tem um filme do livro, mas ainda não assisti.

 

Texto e Imagem: Eduardo Sousa