imagem_liderancaQue papel exerce o líder em uma empresa? O que é necessário para ser um líder? Essas questões e muitas outras me despertaram curiosidade no ano de 2000, quando tive a oportunidade de realizar um curso na área de gestão. Esse momento foi divisor de águas em minha carreira, primeiro e importante paradigma quebrado foi à visão de liderança sistêmica como fonte de desenvolvimento de empresas. Até então eu tinha como conceito a figura do líder super-herói, o indivíduo que já nasceu para mandar e estar à frente resolvendo e superando adversidades. Mas qual seria essa visão sistêmica desse novo líder? Poderíamos ter como resposta: tornar as pessoas entusiasmadas e focadas na missão e valores da empresa. Segundo Peter Senger em: A Quinta disciplina, os líderes são responsáveis por construir organizações onde as pessoas expandem continuamente suas capacidades de entender complexidades, esclarecem visões e aperfeiçoam modelos mentais compartilhados. Ainda segundo Peter Senger, são “projetistas” que tem profunda satisfação em dar autonomia aos outros. Mas como deve ser realizada a escolha desses projetistas? Segundo (BUCKINGHAAM,M,1999), o administrador também deve ter excelente desempenho como “catalisadores”, o autor afirma que o administrador deve ser capaz de executar extremamente bem quatro atividades: Selecionar uma pessoa, fixar expectativas, motivar a pessoa e desenvolver a pessoa. Necessariamente o líder é o administrador? Em uma mesma equipe pode-se ter mais de um líder? Constatamos que todos devem estar comprometidos com a visão da empresa e compartilhando os valores. Peter Druck relata que o conjunto de quatro valores são essenciais para as empresas serem bem-sucedidas, são: o compromisso com a mudança constante, o reconhecimento de que os valores financeiros não são tudo que importa, a aceitação da responsabilidade pessoal  pelos resultados obtidos e a tendência para a ação. Um segundo paradigma quebrado em minha vida profissional são as fronteiras  delimitadas em uma organização, em nossa formação na área da saúde os papeis são previamente estabelecidos e a flexibilidade pouco trabalhada, desta forma o profissional da saúde fica em um pedestal e longe dos colaboradores da instituição, construindo um colapso. “Só os que sentirem à vontade além dos muros poderão assumir a liderança nos anos que virão” (Peter Druck,2000), o autor coloca-se favorável a dissolução de fronteiras  e afirma está ocorrendo uma mudança econômica profunda, passando de uma economia industrial para uma economia baseada em conhecimento. Temos que ter discernimento das diferentes personalidades e buscar identificar essas diferenças almejando a quebra de barreiras e valorizar a autoconfiança das pessoas, mantendo diálogos ou mesmo discussões construtivas, voltadas para valores e ações da empresa.

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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