Grande Jorge, tudo bem? Lí anteontem (17/01/2010, salvo engano) aqui no blog, suas críticas e também assistí ao vídeo… Não só a presença da nefasta figura do auxiliar de fisioterapia me chamou a atenção, mas também, o fato da reportagem dizer respeito à importância da fisioterapia para os pacientes da ABBR, e no entanto, a personagem entrevistada foi uma médica, especialista em reabilitação.
Ora, num lugar onde quem é responsável pelo serviço de reabilitação (leia-se fisioterapia) é um profissional médico, o que esperar?? Quem dentre todos os profissionais de saúde, para falar melhor de fisioterapia, do que o próprio fisioterapeuta?
Desabafo: Nada mais me surpreende em matéria de saúde, ainda mais no que diz respeito à nossa bela profissão. Em parte, isso se deve aos próprios profissionais, cujos quais a grande maioria é omissa e acomodada; em parte por sermos uma profissão relativamente nova e com pouco conhecimento da população acerca da gama de áreas de atuação e da “independência” que o profissional fisioterapeuta adquiriu.
Outro grande problema pouco abordado e tão irregular quanto a existência do auxiliar, é a presença de estagiários (às vezes de primeiro ou segundo semestre)em clínicas médicas (em sua grande maioria), apertando botões e ligando e desligando aparelhos, sendo usados de forma escrava, sem adquirir conhecimento algum acerca da ciência fisioterapia, e pior ainda, lidando com problemas de saúde de seres humanos sem ter nenhuma habilidade ou conhecimento para tal. Trata-se de EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO FISIOTERAPIA, no entanto, isso acontece diariamente em grandes clínicas em grandes centros urbanos (inclusive aqui em fortaleza), e ninguém faz nada, nenhuma providência é tomada, mesmo quando as denúncias são feitas…
Ouço quase que diariamente dos pacientes que chegam para avaliação em meu consultório, que fisioterapia não serve para nada. Essa afirmação me deixa triste, mas ao mesmo tempo, entendo que quando se diz respeito à fisioterapia praticada nessas clínicas citadas acima, essa frase é composta de pura veracidade…
Grande abraço e parabéns pelo blog, acompanho sempre que possível
Por Dr. Renato Azevedo
também percebi que ela era médica, mas só agora vi o vídeo! é lamentável
Grande Renato,
Muito bem observado! Bom ter suas idéias expostas por aqui também!
Saudações!
Precisamos mudar isso… Fisioterapia é com fisioterapeuta. Esse tipo de atendimento errado faz com que as pessoas se sintam desmotivados a fazer fisioterapia.
Concordo plenamente com o exposto e vou contar um fato que aconteceu semana passada. Encontrei um conhecido que estava feliz por ter voltado a jogar futebol apos cirurgia para reconstrução de LCA. Perguntei se tinha feito fisioterapia e ele respondeu afirmativamente. Fez elogios ao profissional que o atendeu, o qual conheço e sei que é pessoa dedicada e estudiosa com vasto conhecimento. Continuou contando que se tivesse o procurado primeiro teria tido alta mais rapidamente, pois o fisioterapeuta que iniciou o trabalho ficou seis meses só fazendo aparelho (sic). Como achou que estava muito lento, resolveu procurar outro. 6 meses só fazendo ultra-som, tens e gelo é dificil de engolir!!!
Esse tipo de historias denigrem a imagem dos fisioterapeutas… enquando uns batalham pra prestar um serviço de qualidade, a maioria só liga e desliga aparelhos.
Abraços.