Ao assumir a Presidência do Crefito 2 em 2002, encontrei uma casa com uma estrutura administrativa deficitária. Entre outras distorções encontramos por exemplo, as salariais, ou seja, funcionários que exerciam a mesma função ganhavam salários diferentes. Não havia critério, lógica ou qualquer outro dispositivo no qual pudéssemos nos pautar.Sendo assim, trabalhamos para corrigir as diferenças da seguinte forma:

– no primeiro ano (2002) não foi concedido aumento de salário, porque não existia receita para tal, no entanto, enquadramos os funcionários levando em conta o tempo de serviço. Essa foi regra: direitos iguais para todos!

– em 2003 concedemos 10% de aumento salarial; em 2004 concedemos  7% de aumento salarial;  em 2005 concedemos 10% de aumento salarial;  em 2006 concedemos 5% de aumento salarial; em 2007 concedemos 5% de aumento salarial;  em 2008 concedemos 8,36% de aumento salarial;  em 2009 concedemos 6% de aumento salarial;  em 2010 concedemos 8%. de aumento salarial;

O menor piso salarial do Crefito2 é do cargo de auxiliar de serviços gerais cuja média é de R$ 811,31 e o maior é de R$ 4.624,24.  Todos os funcionários ganham vale transporte e ticket alimentação, os quais são reajustados com o mesmo  percentual aplicado ao salário. Alguns podem se perguntar em quê isso lhes interessa… pois bem, interessa para que todos saibam que o sindicato que estava na porta da sede, (sede que foi construída com o dinheiro de todos os profissionais inscritos no Crefito2), MENTIU!!!! 

MENTIU sobre diversos fatos, pois aqueles senhores que incitaram os profissionais com palavras de ordem, ou melhor dizendo, de DESORDEM, afirmando que nunca conseguiram sentar para negociar, nunca se satisfaziam com nenhuma negociação. Foram recebidos 4 vezes em 2009, a cada encontro uma nova proposta, coisas do tipo 14? salário, licença maternidade de 8 meses, plano de saúde para os funcionários e todos os seus dependentes, pagamento integral de creche, escola até os 18anos dos filhos, pagamento de faculdade para os funcionários, entre outros.  Vários benefícios foram solicitados e não foram concedidos, não que os funcionários não merecessem, mas sim porque a Autarquia não é uma empresa privada, ou seja, ela sobrevive da arrecadação da anuidade de muitos colegas que lutam com dificuldade para conseguir viver com salário de fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional.Vale lembrar que toda Autarquia tem que seguir os ritos administrativos estabelecidos pelo Tribunal de Contas da União( TCU ), que não permite tais concessões por parte da entidade pública.

Ao gritarem que eu, Rita Vereza não me preocupava com o piso salarial de nossa categoria, os militantes do Sindicato dos Funcionários de Autarquias (SINSAFISPRO) enganaram a todos, pois como sindicalistas sabem perfeitamente que a competência legal da luta pelo piso salarial é dos sindicatos e que nenhuma autarquia pode fazer acordos coletivos de trabalho no lugar dos sindicatos, não é permitido por Lei. Não posso e ninguém pode permitir que um sindicato que não nos representa incite e provoque vandalismo interferindo no resultado de nossas eleições! Cabe ressaltar aqui que alguns dos integrantes do sindicato que promoviam a desordem estavam vestindo a camisa de uma das chapas concorrentes.  É lógico que a oposição esqueceu, talvez de propósito, de informar aos presentes que alguns dos colegas mesários não chegaram, ou melhor, faltaram depois de terem se comprometido anteriormente e que uma eleição não pode começar sem mesários. Enquanto a Comissão Eleitoral e o jurídico tentavam resolver o problema, eles, os sindicalistas com a camisa vermelha, incitavam os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais a depredarem o seu próprio patrimônio, estimulando a invasão do prédio.

Ouvi alguns colegas dizendo:  Pra quê uma sede tão grande? E eu respondo:

– Ora, porquê não podemos ter uma casa digna, com auditório, biblioteca, espaço para um bate papo, espaço adequado para receber nossos colegas e amigos, espaço para reuniões com entidades, para as câmaras técnicas, comissões, núcleos poderem trabalhar. Por quê? Foram oito anos recebendo nossos profissionais que, não apenas trabalharam de graça para as profissões nas câmaras técnicas e comissões, nos núcleos, como o fizeram em um ambiente com precárias condições de acolhê-los e de facilitar o seu trabalho.  Uma sede nova significaria não apenas mais conforto, mas também mais e melhores condições de trabalho para todos. Colegas que muito deram de suas vidas para as profissões foram desrespeitados por colegas! Pessoas se aproveitaram das mentiras propaladas pelo tal sindicato para, numa total falta de respeito à legislação vigente, fazer boca de urna, em que repetiam as mentiras que os ditos sindicalistas berravam do lado de fora.  DEMOCRACIA não é sinônimo de ANARQUIA. Lamento, lamento muito, porque sei que muitos trabalharam (e não foi pouco) para que realmente pudéssemos ter um momento de maturidade político-profissional na escolha do novo colegiado do Crefito 2 . Lamento que alguns ex-funcionários (há tempos demitidos do CREFITO 2), estivessem vestindo camisetas de uma das chapas protestando e se passando por profissionais insatisfeitos. Aproveito para informar que, entre eles. encontrava-se um funcionário que faz parte do tal sindicato com o seguinte histórico:

– vive de licença (dos 30 dias do mês só aparece no trabalho 2 ou 3 dias);

– colocou o CREFITO 2 na justiça tentando galgar um salário que não condiz com a sua função e perdeu. Errei, certamente que sim, afinal quem faz alguma coisa sempre corre o risco de errar. Tenho, entretanto, a minha consciência tranqüila, não apenas porque sei que fiz o melhor possível pelas profissões, mas também porque tive a honra de ter a meu lado colaboradores que acreditaram como eu no sonho de tornar essas profissões melhores, pessoas como Solange Canavarro, André Luis dos Santos Silva, Valéria Couto, Anke Bergman, José Roberto Prado Junior, Cristina Kurthy; Miriam Calheiros, Wilma Costa Souza; Leandro Nogueira; Maria Fernanda Vieira… tive a ajuda também de queridos assessores, que, especialistas nas suas áreas (educação, política, parlamentar), muito nos ajudaram a conquistar as vitórias que alcançamos.  Além disso, ajudei a capacitar dezenas de colegas representantes de núcleos que muitas vezes extrapolaram minhas mais otimistas expectativas.  Tenho a tranqüilidade de dizer que fiz minha parte ao formar lideranças para o futuro. Para isso é preciso ousar, pensar à frente visando à renovação e à proliferação de cabeças pensantes.

Errei porque ousei agir contra o CREMERJ quando esse tentou retirar os nossos direitos? Errei porque cobrei das prefeituras as nossas vagas nos concursos públicos? Errei quando resisti para que a carga horária de nossos cursos não fosse reduzida? Errei quando dizia para os acadêmicos não serem massa de manobra? Para que conhecessem a história de sua profissão, a legislação, seus direitos e deveres, para que visitassem o site dos Conselhos, da Anvisa, da ANS, do MS, entre outros? Errei quando, com muita ousadia, fomos contra a carga horária praticada pelos colegas no INCA? Errei quando lancei o Balanço e Avaliações I, II e o III, prestando contas de nossos atos?

Acho que errei porque defendi a nossa ética e me calei não retrucando todas as ofensas que foram disparadas ao longo dos infinitos 6 meses de processo eleitoral,  Erraram todos os colegas da chapa CRESCER E CONSOLIDAR porque foram éticos e decidiram fazer uma campanha sem ataque… porém, fico feliz de ter errado tanto, de ser apaixonada pela minha profissão, de ter orgulho de ser FISIOTERAPEUTA, de ter vivido da minha profissão.  Visitem o site do Crefito2 e verifiquem o que foi feito com o dinheiro das anuidades ao longo desses anos. Por fim, despeço-me com a esperança de que fatos como esses não, mas voltem a acontecer, pois são atitudes de vandalismo como as que vivemos no dia 19 que de fato denigrem as profissões.

RITA VEREZA

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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