Ainda falta mais de um mês para 2010 terminar e o número de transplantes realizados no Ceará este ano já bateu recordes. São 772 transplantes feitos de janeiro até esta sexta-feira, 26 de novembro, superando os 767 feitos em 2009, os 739 em 2008 e os 618 transplantes realizados em 2007. “Já são quatro anos de recordes sucessivos, vencendo os 446 transplantes de 2006”, comemora o secretário da saúde do Estado, Arruda Bastos. Para ele, esse avanço, além de significar que muitas vidas foram salvas e centenas de pessoas ganharam qualidade de vida, é uma comprovação de que o Sistema Único de Saúde tem equidade, promovendo acesso à população a procedimentos de alta complexidade e elevado custo.

Para a conquista dos recordes, Arruda Bastos destaca cinco fatores: o reforço do número de profissionais na Central de Transplantes, com a quantidade de médicos aumentando de dois para nove; o trabalho das comissões intrahospitalares; a aquisição de quatro modernos aparelhos eletroencefalogramas para ajudar no diagnóstico da morte encefálica; a descentralização da captação de órgãos e tecidos, que, além da capital e região norte, passou a ser feita com mais força na região do Cariri; a solidariedade da população cada vez mais evidente, com a contribuição dos veículos de comunicação.

Além do aumento do número de transplantes de 2007 para cá, o Ceará inovou nessa área. Passou a realizar há 10 meses transplantes de pâncreas através do Hospital Geral de Fortaleza, que deu a cinco pessoas a chance de viver com um pâncrea saudável. Em 2008, o Hemoce incluiu na rotina das atividades o transplante de medula óssea autólogo. Somente este ano 13 pessoas foram transplantadas. Na pneumologia, o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart está, após ser habilitado pelo Ministério da saúde, se preparando o primeiro transplante de pulmão feito no Nordeste.

A solidariedade em doar precisa ser permanente. Na lista de espera por órgãos e tecidos há 1.333 pessoas. Esperando córneas são 786 pessoas. Um rim saudável é aguardado por 280 pacientes. À espera de um coração tem nove pessoas. Há 220 na fila por um fígado doado.

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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