Aprofundar nos estudos das técnicas aplicadas na fisioterapia deve ser esse o caminho para oferecer de fato a sociedade, melhor condições de saúde, dessa forma parabenizamos a UNIFOR pelo trabalho de pesquisa que vem realizando em relação aos pacientes com fibromialgia, nesse estudo está sendo usado a microfisioterapia, segundo a reportagem abaixo, queremos aproveitar para destacar o aspecto da multidisciplinaridade nessa pesquisa e também a seriedade e competência da coordenadora de pesquisa Dra Eluciene Carvalho, no decorrer de sua trajetória profissional apresenta inúmeras contribuições para o desenvolvimento da fisioterapia.
O estudo vem sendo realizado por uma equipe composta por professores e alunos da Universidade
Quando o nosso corpo se depara com um grande estresse emocional ou uma agressão traumática, ele absorve todos esses traumas e, por isso, pode gerar a fibromialgia, doença que atrapalha o funcionamento das células e causa dores no corpo. Pensando nas pessoas que sofrem com essa doença, a Universidade de Fortaleza (Unifor), por meio do Núcleo de Atenção Médica Integrada (Nami), está desenvolvendo uma pesquisa em que usa a microfisioterapia no tratamento da fibromialgia.
A microfisioterapia é uma técnica manual, diagnóstica e terapêutica que busca encontrar e eliminar as causas primárias das patologias, baseando-se principalmente no estudo do desenvolvimento de todas as células do nosso organismo.
A Unifor está atendendo 22 pacientes, desde janeiro de 2009, que foram diagnosticados com fibromialgia. Sendo que 20 são mulheres, uma adolescente de 13 anos e um homem. Eles são acompanhados por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, fisioterapeutas, farmacêuticos, educadores físicos e psicólogos.
Das 22 pessoas em tratamento, dez já receberam alta. O fisioterapeuta especializado em microfisioterapia, Adriano Pinto Pereira, exaltou os resultados. “Tivemos um número expressivo de altas. Tudo isso graças à ótima equipe que temos trabalhando conosco aqui no Nami. Além das ótimas condições de trabalho oferecidas pela Unifor”, disse o especialista.
Ele explicou que o tratamento, realizado no Nami, ajuda a detectar a origem do problema, para acabar com as dores no corpo dos pacientes. “O desafio é encontrar o trauma gerador da doença, pois a causa é sempre diferente em cada pessoa”, afirmou Pereira.
Segundo a coordenadora da pesquisa e professora da Unifor, Eluciene Carvalho, os pacientes ficaram impressionados ao constatar a melhora que tiveram. “Eles voltaram a ter autoestima e vontade de viver. Com a ajuda do tratamento, eles estão conseguindo aproveitar a vida”.
A doméstica Maria das Graças Martins encontrou um novo sentido para a vida após o seu tratamento. “As dores que a fibromialgia causavam me faziam querer morrer. Hoje, eu renasci, pois estou curada”.
Após identificar as dificuldades da vida e elaborar um modo de enfrentá-las, a caixa de agência bancária Jocelia Ramalho afirma que está 85% curada. “Consegui esse ótimo resultado ao colocar o meu tratamento em prática. Hoje, posso fazer tudo que as dores da doença, infelizmente, impediam-me”.
Fonte: Diário do Nordeste.
MICROFISIOTERAPIA: FUNDAMENTO TEÓRICO ZERO E PROVÁVEL AÇÃO SUGESTIVA
Na “base teórica” da microfisioterapia, são expostos os 6 aspectos que agora cito:
– Certos tecidos mesoblásticos, em particular as aponeuroses, são animadas, e estado normal, por movimentos rítmicos de pequena amplitude e de de baixa frequência.
– Estes movimentos ritmicos tem um papel funcional. Seu desaparecimento, consequente a choques emocionais ou físicos se traduz por diversos problemas fisiológicos, de acordo com o tecido em questão.
– O desapareciemnto do regime rítmico em um dado tecido, tem, em geral consequencias em orgãos que podem estar mais ou menios afastados dos tecidos considerados.
– Os movimentos rítmicos de vários tecidos, em particular as aponeuroses, são discerníveis ao toque superficial, caso exista um treino especial.
– Um tecido, tendo perdido acidentalmente seu movimento rítmico, pode reencontrá-lo por uma só intervenção manual, numa zona convenientemente escolhida em relação com o tecido considerado.
– A duração da intervenção manual eficaz é proporciaonal a antiguidade do desaparecimento do movimento rítmico (grosso modo, um segundo por ano).
Na análise dos defensores do próprio método, a quase totalidade dessas ideias não encontra amparo científico algum.
Em nossa análise, temos a plena convicção de que a microfisioterapia não se baseia em argumentos plausíveis ou razoáveis. É MUITA IMAGINAÇÃO…
De fato, nos trabalhos que me foram passados para análise, pelos defensores da técnica, a microfisioterapia afirma que, com sua simplória técnica de toque sobre a pele, é capaz de alterar a amplitude de movimentos de diferentes componentes celulares como a membrana, as mitocôndrias, o núcleo e o citoplasma. O QUE É QUE É ISSO???!!! ISTO É UMA COISA ABSURDA!!!
Meu Deus do céu, isto deve ser um dos maiores absurdos já falados em todos os tempos! ISTO NÃO PODERIA NEM SER DITO POR QUELQUER PESSOA SÉRIA, COM UMA INTELIGÊNCIA MÍNIMA.
Os praticantes da técnica de microfisioterapia relatam, em seus trabalhos, o surgimento de reações paradoxais em alguns pacientes. Eles parecem não saber a causa, mas é importante que se diga que estas reações se devem apenas a um mecanismo existente em técnicas que estão descritas desde o século XVIII, através dos experimentos de Charcot e de Anton Mesmer.
Naquele tempo, tal como hoje afirma a microfisioterapia, defendia-se existia algum tipo de disfunção energética ou magnética que explicava o surgimento de doenças (o magnetismo animal), mas tudo ficou esclarecido com o surgimento da medicina científica: tratava-se apenas de sugestão, era apenas um efeito do transe induzido. Não existia nada disso que se pensava existir.
Desta forma, a microfisioterapia está presa às técnicas rudimentares de alterações de estados de consciência. Hoje, sabe-se que este mecanismo está presente em muitas terapias de forma imperceptível, e se a intenção for tratar pessoas com a utilização de métodos deste tipo, seria muito mais efetiva a utilização de terapias cognitivo-comportamentais ou hipnose clínica, que já estão embasadas cientificamente.
O que está ocorrendo é que “estão ouvindo o galo cantar sem saber onde”. Com boa-fé ou má-fé, estão vendendo gato por lebre.
Esta verdade deve ser dita: os princípios que fundam a microfisioterapia são falaciosos e deveriam ser esclarecidos pelo praticantes deste método, para que tirassem maior proveito da técnica, que, sendo uma terapia sugestiva, de fato, tem a capacidade de aliviar sintomas físicos e emocionais, mas não pelos mecanismos que acreditam.
A Microfisioterapia é uma hipnose disfarçada. Não passa disso!
Posso concluir que a hipnose funciona e a microfisioterapia pode até trazer benefícios por esse viés, mas deve ser submetida aos princípios científicos, e não continuar a transmitir uma ideia falaciosa de seu mecanismo de ação. Isto de certa forma, é um embuste e engana as pessoas. É uma forma de pseudociência.
A ciência deve prevalecer sobre a pseudociência e o obscurantismo, e os praticantes de boa-fé destes métodos devem ter estas informações esclarecidas. Afinal, pagam um curso de milhares de reais e devem ter acesso a verdades científicas e não a embustes. E, mesmo que alguns se interessem em embustes, no mínimo, a população deve ser esclarecida sobre os reais mecanismos de ação.
Os praticantes de má-fé, por outro lado, deveriam responder por isso junto aos seus conselhos, se tiverem estes a capacidade de coibir estas práticas anti-científicas e que enganam a população leiga.
A seriedade da ciência deve ser resguardada, para que profissões sérias como era a fisioterapia possam salvar-se da exposição ao ridículo, e para que pessoas não sejam levadas a tratamentos inúteis ou inapropriados.
Uma Universidade que busca um posicionamento de seriedade deve ter maior controle sobre a exposição de seu nome em manchetes sensacionalistas e falaciosas. Se os professores da instituição fizerem uma manifestação, que o façam dentro de princípios acadêmicos e não esotéricos.
Concordo plenamente com o colega parabéns pela colocação feita de forma clara e inteligente, muito bom, abs
Sr. Henrique da Mota, você está precisando estudar um pouco mais sobre a Microfisioterapia. É normal querer criticar algo que desconheça, porém apesar de vc não saber existem artigos científicos sobre o assunto, e só te digo uma coisa: “Contra fatos não há argumentos”.