Uma médica plantonista foi agredida com uma CPU de computador na noite de terça-feira (22) dentro de um consultório no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante uma consulta no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a assessoria de imprensa do hospital, o agressor era um paciente que havia sido atendido pela mesma médica e liberado pela manhã. Ele fugiu do local após a agressão.
A instituição informou que, depois de receber atendimento às 8h56, o paciente procurou novamente a emergência do Hospital Conceição à noite, em busca dos resultados de um exame. Após aguardar a triagem por mais de três horas, o homem quebrou o monitor de um computador e arremessou a CPU contra o rosto da médica.
A profissional, que atende há mais de 20 anos na instituição, foi encaminhada ao Hospital Cristo Redentor. Exames detectaram escoriações no rosto, especialmente no nariz, mas sem gravidade. Depois de medicada, ela foi liberada, mas deve permanecer afastada do plantão. A médica, que não quis se identificar, registrou boletim de ocorrência na polícia.
O paciente, ainda de acordo com a assessoria do hospital, sofre de uma doença crônica que exige tratamento periódico e é conhecido dos profissionais da instituição. Segundo o relatório, o homem não apresenta histórico de problemas mentais.
O caso foi encaminhado ao Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), que deverá acompanhar as investigações para apurar a conduta de médica e paciente. Paulo de Argollo Mendes, presidente do sindicato, disse que exigirá “providências urgentes” para evitar novos episódios no hospital.
“Não podemos permitir que situações como essas se repitam. O médico não tem culpa se o sistema demora e se houve mudança [na orientação do atendimento]. Ele já vive a pressão normal de um serviço que está sempre superlotado”, destacou o dirigente.
Argollo acompanhou a médica, no final da manhã desta quarta-feira (23), ao serviço de medicina legal do Estado para exame de corpo de delito. “Vamos acompanhar a investigação até o final e exigir rigor na apuração de responsáveis. Essa pessoa que agrediu covardemente essa médica vai pagar por isso”, disse.
Para salientar a fragilidade do sistema público de saúde, Mendes comparou o caso ao de um contribuinte que usa os serviços da polícia. “Se demora, ele não chuta a porta do delegado para conseguir informações porque sabe que isso gera consequências. O sistema de saúde se tornou tão desorganizado e há um tal desrespeito pela assistência médica que se criou um clima de impunidade”, protestou.
Segundo Mendes, o Simers acompanhará todos os procedimentos policiais e jurídicos do caso.
O paciente fugiu logo depois da agressão, já que não havia seguranças no saguão da emergência médica do Hospital Conceição na hora do incidente.
Em reunião com o superintendente do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Neio Fraga Pereira, na tarde desta quarta-feira, o presidente do Simers reivindicou reforça na segurança do complexo, que reúne quatro hospitais e atende 1,3 milhão de pessoas por ano.
Mendes também pediu mais informações sobre a mudança no modelo de atendimento, adotado há uma semana. O GHC estabeleceu, na última sexta-feira, um modelo de triagem prévio, relacionando a urgência no atendimento aos pacientes com as cores das pulseiras distribuídas depois do cadastro realizado no saguão da emergência. Segundo Mendes, os usuários do sistema não foram devidamente informados das mudanças.
A assessoria de imprensa do hospital não quis se manifestar sobre a reunião.
FONTE: UOL
Um fato infelizmente, muito lamentavel. não podemos aceitar que fatos como este se repitam, estes acontecimentos são lamentaveis e prejudicam tanto a integridade fisica do medico e dos funcionarios do hospital, como tambem o bom andamento do atendimento no SUS.
Este fato é encontrado em todo o mundo. Por coincidência hoje achei esta notícia de um jornal francês. Lá foi pior, pois foram atacados com armas brancas.
« Les agressions de médecins en augmentation »
Le Figaro, Le Parisien
Le Figaro aborde « la question de l’insécurité du personnel soignant », notant dans un article que « deux praticiens ont été attaqués à l’arme blanche en moins d’une semaine ».
Le journal évoque ainsi l’agression « d’une gynécologue-obstétricienne à la clinique de Soyaux (Charente), jeudi dernier, et d’un médecin gastro-entérologue à l’hôpital Henri-Mondor de Créteil (Val-de-Marne). Ce dernier a été poignardé mardi par une femme déguisée en infirmière. Dans ces deux établissements, la tension et l’émoi sont palpables ».
Le Figaro rappelle que « deux organismes sont aujourd’hui chargés d’analyser les faits de violences subis par les médecins. L’Observatoire de la sécurité des médecins, créé en 2004 par le Conseil national de l’Ordre, notait, principalement chez les généralistes libéraux, une nette aggravation des violences en 2009. Celles-ci, verbales ou physiques, émanent le plus souvent du patient lui-même ».
« Les départements de Seine-Saint-Denis, du Val-d’Oise, de l’Isère, de Seine-Maritime, du Nord ou du Val-de-Marne sont les plus touchés », précise le quotidien.
Le journal relève que le Dr Bernard Le Douarin, en charge de l’Observatoire, « se montre «très préoccupé» et indique que l’Observatoire travaille à l’élaboration d’outils pour lutter contre ce phénomène, en collaboration avec les ministères de la Santé, de la Justice et de l’Intérieur ».
Le Figaro évoque en outre « le problème du non signalement, fréquent, de ces agressions par leurs victimes », puis remarque que « le sentiment d’insécurité n’est pas sans incidences sur la démographie médicale déjà en souffrance dans certaines zones. Il motive le départ des médecins puis de l’ensemble de la chaîne de santé, infirmières, pharmacies… ».
Le Parisien revient pour sa part sur cette « gynécologue agressée dans son cabinet », à Pierrefitte-sur-Seine (Seine-Saint-Denis), également mardi. Le journal indique que « l’auteur des faits aurait prétexté vouloir prendre un rendez-vous pour sa mère afin de pénétrer dans le cabinet pour y dérober le sac de la médecin, laquelle a résisté ».
Le quotidien précise que « l’homme a réussi à prendre la fuite. La gynécologue, violement frappée à la tête, souffre aussi d’une fracture de la main. Elle devrait reprendre son activité lundi prochain ».
Le Parisien observe également que « ce nouvel acte de violence a ravivé l’émoi dans la communauté soignante ».
Infelizmente temos que constatar, a informática está sendo prejudicial a saúde.