Não lembro na faculdade ter cursado disciplina de estética, dessa forma acredito que não seja esse o papel do fisioterapeuta, mesmo assim, recebemos notícias de colegas fisioterapeutas em clínicas de estéticas de Fortaleza vendendo hoje seus serviços em sites de compras coletivas. Da mesma forma que denunciamos outros estados em nosso blog, faremos os mesmos em nosso estado, deixando claro que as clínicas de estéticas nada têm conosco, os serviços citados abaixo só serão anunciadas por que usam o nome de profissionais de fisioterapia em suas vendas, ferindo o código de ética de nossa profissão.
Vejam : Pilates Point ( Aldeota) anúncio no Descontão WEB, Beleza do Corpo ( Cóco) anúncio no Barato Coletivo e Dermo Clínic ( Av. Dom Luís) anúncio no Groupon. Todas em Fortaleza. O CREFITO 6 já recebeu denúncia e esperamos providencias em relação a essas empresas, merecemos mais respeito, não podemos jogar fora mais de quarenta anos de luta. Continuaremos de olho.
Tem que punir sim.
Fere-se o código em dois artigos primários, o que fala sobre a proibição de estampar preço em anúncios publicitários e o que impede o fisioterapeuta de trabalhar por remuneração aviltante , concorrendo deslealmente com outros.
Sendo assim, mesmo a compra coletiva sendo um marketing altamente agregador( se não fosse , o fundador do Peixe Urbano não faturaria 100 milhões por ano), para assuntos e produtos que tenham relação com o exercício da Fisioterapia é proibido seu uso.
Qto a relação da Fisioterapia com a estética, ela existe e se chama extraoficialmente de Fisioterapia Cosmecêutica.
Abs
Wiron
Caro Wiron,
E a fisioterapia dermatofuncional, não seria, na prática, um tipo de vertente estética da fisioterapia ou a ela relacionada? Isto é o que vemos por aí!
Mas concordo com você: propaganda é uma coisa, mercantilização e aviltamento profissional é outra coisa. Devem ser tomadas providências. A união de fisioterapia com as clínicas de estética e com academias de ginástica está sendo um caminho perigoso.
Primeiramente, creio que salões de beleza não deveriam se chamar “clínicas” de estética, e segundo, do jeito que as coisas vão, dentro em breve os cabelereiros usarão jalecos – que, de fato, já usam – e após seus curso irão solicitar o título de doutores. Hoje, doutor, está ficando igual a “seu” ou “dona”. Todo bicho de orelha virou doutor em alguma coisa. É a exaltação da burrice e o menosprezo pelo esforço intelectual. Novos tempos…
Como eu disse em postagem anterior, “propaganda é uma coisa e mercantilização é outra”, tal como imprensa leiga é uma coisa e imprensa burra é outra!
Quanto a isto, também caberiam providências.
Em recente publicação em revista leiga, Mulher Cheirosa 10a edição, chamou-me a atenção um artigo assinado pelo jornalista Luís Eduardo Lima sobre hérnia de disco, pela sua baixa capacidade informativa, pouca objetividade e leviandade na colocação de opiniões por parte de profissionais mal qualificados.
Vamos aos pontos…
Inicialmente, começa com um enunciado errôneo: “Hérnia de disco: lesão que afeta o disco cervical entre as vértebras…saiba mais e conheça este grave problema”. Em uma única frase, dois erros, pois hérnia não é lesão que afeta o disco cervical – eles devem ter querido dizer “disco intervertebral” – e hérnia de disco não é algo que possamos considerar “grave problema”.
Mais abaixo o jornalista diz – pois, obviamente, assim foi orientado pelo seu entrevistado ou consultor ,que mais adiante se revelará – que o disco é “uma estrututra em forma de anel constituída por um tecido cartilaginoso”, cuja função é evitar atrito entre vértebras. Mais burrice, impossível. O disco não é cartilaginoso, nem sua função primordial é essa.
Chega a dizer, através de uma analogia rudimentar, que o disco “é semelhante a essas balas, que quando a gente morde sai uma espécia de gel.” Foi dito dessa forma mesmo, com toda esta riqueza poética.
A seguir, diz que o “anel se rompe deixando escapar este tipo de gel que entra no canal da coluna e comprime os nervos”, mostrando que quem lhe passou a informação está totalmente desatualizado sobre os reais componentes ligados à dores da coluna, no caso das hérnias de disco.
Logo em seguida, fala sobre as pessoas que estão mais expostas, e erra feio, pois hoje sabemos que os fatores predisponentes são totalmente diferentes daqueles ali relatados, que parecem ter sido tirados de algum livro com uns trinta anos de uso, ou até mais.
Mais adiante, cita uma afirmação do diretor do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral de Fortaleza e presidente da Associação Brasileira de Reabilitação da Coluna, que é apresentado no texto como o “médico” Helder Montenegro. Ocorre, que o referido profissional não é médico não, e em nenhum momento notam-se pistas de sua formação, o que leva o leitor a crer que essas opiniões absurdas estão sendo proferidas por um profissional da medicina, dando a elas mais credibilidade, mesmo que totalmente estúpidas. Dessa forma, todas as besteiras ditas foram para a conta dos médicos, que nunca diriam tanta asneira em um só texto.
No texto, existem, ainda, alusões a tratamentos cirúrgicos, com frase do tipo “Para quem for passar pela cirurgia, não se preocupe”, sem referência a uma fonte médica competente para emitir essa opinião, uma vez que o profissional que deu informações é incompetente nesse assunto.
Após o texto, segue-se um quadro informativo sobre “Tipos de Tratamentos”, que apresenta apenas técnicas que são sabidamente ineficazes para o tratamento de hérnias de disco, como Terapia Manual (recentemente detonada pelos estudos da Cochrane), Mesas de tração (que trazem mais mal que bem, pois podem acelerar o processo degenerativo, já tendo sido condenadas por sociedades como a Sociedade Brasileira de Reumatologia), Musculação e Pilates (que são modos de ginástica e não técnicas terapêuticas para as hérnias de disco). Quanta falta de conhecimento!
É uma pena que notícias sobre fatos dessa importância possam passar informações levianas, desconexas e irresponsáveis como essas, que prestam um monumental desserviço à sociedade cearense.
Dr Henrique da Mota, MD, AFSA
Ortopedia e Cirurgia da Coluna Vertebral
Especialista pela Universidade de Lyon
VIDA, VAIDADE E MORTE
A que ponto chega a vaidade humana: o título de doutor não apenas lhe aparece como redentor como, em sua imaginação, o eleva acima dos demais humanos até mesmos aos olhos da divindade que distribui os dons da natureza. E, de fato, há quem imagine ser a própria divindade!
Lima Barreto expõe com maestria o fetiche do diploma, do título de doutor. Ouso afirmar que nem toda a teoria sociológica seria capaz de apreender o significado exato do sentimento de superioridade expresso em sua posse, tão bem descrito por este escritor: “Oh! Ser formado, de anel no dedo, sobrecasaca e cartola, inflado e grosso, como um sapo-intanha antes de ferir a martelada à beira do brejo, andar assim pelas ruas, pelas praças, pelas estradas, pelas salas, recebendo comprimentos: doutor, como passou? Como está, doutor? Era sobre-humano!” Quem conhece o campo acadêmico e tem o mínimo de sensibilidade, o suficiente para não se deixar cegar pela vaidade, saberá reconhecer o quanto as palavras de Lima Barreto expressam comportamentos atuais. É claro, o mundo mudou, mas permanece a necessidade de distinção e muitos ainda se consideram superiores, quase que imortais!
Por que um título acadêmico – ou a simples perspectiva de adquiri-lo – alimenta comportamentos arrogantes? E, observemos, nem estamos tratando da odiosa superioridade própria dos espíritos preconceituosos e imbuídos de valores racistas, mas dos procedimentos comumente observáveis no cotidiano, em especial nos espaços onde as almas vaidosas transitam em maior número. Aliás, a arrogância que induz ao preconceito social caminha irmanada com o racismo.
Enfim, a morte nos iguala. Mas este raciocínio, se aprofundado, revela-se ilusório e ingênuo. A morte não é apenas um fenômeno natural: ela é também cultural e social. A morte é a mesma, mas a maneira de morrer e de proceder com o morto são diferentes. Por exemplo, alguns mortos são enterrados em rituais de pompa, nos melhores cemitérios, nas melhores condições – se isto para o morto é indiferente, não o é para a sua família; e, no final das contas, todo o ritual procura atestar a sua superioridade; outros são enterrados como indigentes; e, ainda outros, endividam-se para garantir as condições mínimas para o funeral.
Não obstante, ainda que as diferenças persistam até mesmo no ato de tratar a morte e o morto, nada nos livrará de morrer. Todos os títulos acadêmicos, riquezas imaginárias ou reais e sentimentos de superioridade não nos livrarão do inexorável: somos mortais. Quem sabe, aqueles que se sentem superiores e agem como tais, assim o fazem apenas para desafiar esta verdade? Não seria a vaidade um artifício dos incapazes de enfrentar a consciência da finitude? Não seria o agir de maneira superior o último suspiro contra a morte?
Muitos se recusam a admitir a própria morte. Não adianta: nada a evitará. Talvez, então, seja aconselhável encarar a vida com mais simplicidade e humildade: viveremos melhor, morreremos melhor… “A morte nos liberta de tudo: de toda hipocrisia”, escreve Machado de Assis. De qualquer forma, a vaidade e sentimento de superioridade serão enterrados – ou incinerados – com o nosso corpo. “Porque, em suma, já não há vizinhos, nem amigos, nem inimigos, nem conhecidos, nem estranhos; não há plateia”. Fragmentos extraídos do texto “Aqui jaz fulano de tal… e a sua superioridade”. De autoria do professor Antonio Ozaí da Silva. Revista Espaço Acadêmico.
Algo que sempre me incomodou foi a facilidade com que algumas pessoas acham de julgar os outros usando a desculpa da conduta moral. Usando um título acadêmico como uma arma que justifica certos comportamentos arrogantes.
Um fisioterapeuta não vale mais do que um professor de educação física de uma esteticista ou de um varredor de rua.
Ja que os senhores sao tao “escolados” assim em termos de Código de Ética Profissional quero chamar vossa atenção para os seguintes pontos.
1-Não prejudicar, de maneira falsa ou maliciosa, direta ou indiretamente, a reputação, a situação ou atividades de um colega.
2-Não criticar de maneira desleal os trabalhos de outro profissional.
3-Não praticar qualquer ato que, direta ou indiretamente, possa prejudicar legítimos interesses de outros profissionais
4-Não injuriar outro profissional, nem criticar de maneira desprimorosa sua atuação ou a de entidades de classe.
5-Não se interpor entre outros profissionais e seus clientes sem ser solicitada sua intervenção e, neste caso, evitar, na medida do possível, que se cometa injustiça.
Concordo com todas as criticas, essa empresa Dermo Clinica, é um verdadeiro frigorifico, queimou 2 pessoas que eu vi, fora as que eu não vi, um delas teve que fazer um tratamento com antibióticos fortíssimos, e a empresa não teve nem o respeito de pagar o tratamento, estou tentando convencer essa pessoa a entrar na justiça contra essa empresa, pois isso é um desrespeito, isso pode acontecer com qualquer pessoa que não tenha o conhecimento que acido é algo serio, só um médico pode prazer tratamentos com ácidos, a pele é algo serio, não se pode ficar brincando com a pele das pessoas, isso ñ é brincadeira de boneca.
Essa empresa vive lotada, ela só quer saber de dinheiro vende em todos os sites de compras coletivas sem menor respeito com os consumidores, a “clinica” fica lotado, não respeita o horário marcado, os serviços de estítica quase sempre são feitos por assistentes, pois essa Dra. Malu, nunca está na Clinica, um verdadeiro absurdo.
essa Malu deveria ser casada, pois está brincando com a vida das pessoas.
Um absorvo.
Um verdadeiro frigorifico, será que pelo menor tem alvará de funcionamento?
Tem um salão de beleza também.
Não me importo com o profissional de fisioterapia e esteticistas que fazer tratamentos de estéticas, contanto que tenha conhecimento e qualificação para aplicar os conhecimentos adquiridos, não brinque com a pele nem com a vida de ninguém.