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Por Carmem Sanches

O bebê começa a andar e tem sempre alguém do lado, seja a mãe, uma tia ou avó protetora ou até mesmo o pai ou avô babão. A criança mal pode dar um passo sem que alguém já segure pela mãe.

Essa superproteção pode prejudicar – e muito – o desenvolvimento motor dos pequenos.

A superproteção familiar impede que as crianças conheçam e se aventurem pelo mundo por conta própria. Uma das causas desse zelo excessivo é o medo de expor os filhos em situações de risco. Com isso, pais e familiares passam a acompanhar cada passo da criança, que fica “presa” em uma redoma de vidro, colocando em risco seu desenvolvimento motor.

pelo mundo por conta própria. Uma das causas desse zelo excessivo é o medo de expor os filhos em situações de risco. Com isso, pais e familiares passam a acompanhar cada passo da criança, que fica “presa” em uma redoma de vidro, colocando em risco seu desenvolvimento motor.

Este monitoramento exagerado inibe vivências e experiências próprias da idade, imprescindíveis para o crescimento saudável. “Superproteção é diferente de supervisão”, alerta a fisioterapeuta Fernanda Davi, especialista em fisioterapia infantil.

Filhos únicos, bebês prematuros ou adotivos também são fortes candidatos a sofrerem superproteção. Com o aumento do número de casais com um único filho, a quantidade de crianças que vão andar mais tarde ou se desenvolver de forma lenta tende a crescer. Por conta disso, as crianças estão desaprendendo as brincadeiras tradicionais, que até algum tempo atrás eram primordiais no desenvolvimento e na evolução motora.

Segundo Fernanda, além do atraso motor, outras consequências devem ser levadas em consideração, como perda de personalidade, medo de enfrentar situações diferentes, dificuldade de relacionamento com outras crianças, reclusão, falta de iniciativa.

“Pequenos gestos já sinalizam a falta de desenvolvimento, como por exemplo, quando a criança tem falta de equilíbrio, tropeça muito, não corre, tem dificuldades em subir degraus, sentar”, explica a especialista, ressaltando. “Não existe criança preguiçosa, se ela não está querendo brincar alguma coisa está acontecendo com ela.”

Abaixo seguem algumas dicas da fisioterapeuta para ajudar no desenvolvimento da criança:

– Recém nascido: conversar próximo ao rosto para começar a fixar e dar mobilidade a cabeça. A ação também ajuda a desenvolver a visão e audição;

– 2 a 3 meses: os pais devem ficar atentos ao reflexo do bebê, se a criança não te segue e não se assusta com barulhos, algo está errado;

– 4 meses: normalmente neste período, o pescoço deve já estar firme e a criança sempre está alerta, dorme menos. É necessário colocar a criança de barriguinha pra baixo para começar a estimulá-la a controlar a cabeça. Brincar de rolar é um bom estímulo nesse período;

– 5 a 6 meses: o ideal é começar a deixar a criança mais sentada para que ela vivencie a postura. Tirar o encosto ajuda na conscientização do corpo;

– 7 a 8 meses: explorar o meio em que vive, deixar engatinhar e estimular colocando os brinquedos distantes para que vá até eles;

– 9 a 10 meses: momento em que os pais tem que começar a pensar no andar. O ideal é colocar a criança em pé para que sinta o próprio peso, e assim, crie equilíbrio;

– 1 a 2 anos: realizar atividades que ajudam no desenvolvimento motor como subir e descer escada, pular obstáculos, correr, dançar, entre outras.

Fonte:  Terra Brasil.

About the Author

Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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