Longa será escrito, dirigido e produzido por Joss Whedon, forte nome no Universo Cinematográfico da Marvel. Personagem já foi interpretada nos cinemas por Alicia Silverstone no nada querido Batman & Robin (1997)

A Barbara Gordon dos Novos 52 é a principal referência para o filme (Imagem: DC / Divulgação)

A dois meses de estrear o primeiro filme da Mulher-Maravilha nos cinemas, a Warner Bros. tem anunciado outros títulos à sua lista de longas do universo compartilhado. No ultimo fim de semana, o estúdio anunciou o filme da Batgirl comandado por Joss Whedon. Eles já haviam anunciado o filme solo do Asa Noturna.

Na última sexta-feira, o portal de cinema Movie Pilot levantou uma bola no artigo ‘Batgirl’ Seems Set To Introduce The First Transgender Character To Superhero Movies. Em tradução livre, o texto diz que o filme de Barbara Gordon parece estabelecer um campo para apresentar a primeira personagem transgênero dos filmes de super-heróis.

O artigo diz que, dentre as histórias desse universo, uma especificamente tem grande potencial: a de sua melhor amiga. Alysia Yeoh, introduzida na série solo da Batgirl dos Novos 52, é a primeira personagem trans nas revistas em quadrinhos.

“Eu entendo que você estava tentando me proteger. Há algo que eu estou tentando te contar há algum tempo”, diz Alysia para Barbara Gordon. “Eu sou transgênero”. (Imagem: DC / Divulgação)

As chances da personagem aparecer são grandes, já que assim como os outros filmes do universo compartilhado da DC, Batgirl também será adaptado dos Novos 52. Como o blog adiantou neste domingo no Instagram, o filme também terá como base a primeira história de Barbara Gordon nos quadrinhos: The Million Debut of Batgirl, de 1967.

Alter ego da filha do Comissário Gordon, Batgirl foi interpretada por Yvonne Craig no seriado sessentista Batman. Em 1997, ela foi interpretada por Alicia Silverstone pela primeira vez no cinema, no filme Batman & Robin, nada querido da crítica e do público.

A importância de Joss Whedon

Joss Whedon é um dos mais importantes nomes por trás da formação do universo compartilhado da Marvel (Imagem: Jay Maidment/Marvel)

O roteiro, que também será escrito por Whedon, deve trazer os dois extremos da heroína. A começar por sua origem no quadrinho original, e depois passando pelo transtorno que Barbara sofreu ao ser violentada pelo Coringa em A Piada Mortal (1988).

Sob o comando de uma história da DC pela primeira vez, Joss Whedon é o nome por trás dos filmes Vingadores (2012) e Vingadores: Era de Ultron (2015), alguns dos maiores sucessos da Marvel nos cinemas. Ele também esteve envolvido na produção da série Agents of SHIELD, extensão do Universo Cinematográfico da Marvel exibida pelo canal norte-americano ABC.

Mesmo com o excelente trabalho de Whedon no primeiro filme dos Vingadores, o nome causou certa estranheza pela forma como Viúva NegraFeiticeira Escarlate foram abordadas no roteiro, principalmente no segundo filme, com menos força que nos quadrinhos. O que muitos parecem ter esquecido é que Joss Whedon foi o responsável pela série que mudou a forma como as personagens femininas são retratadas: Buffy – The Vampire Slayer, clássico exibido entre 1996 e 2003. Buffy era um ícone de empoderamento feminino antes mesmo do termo tornar-se palavra de ordem.

Garantir Whedon no círculo criativo da DC nos cinemas é uma tentativa clara de alinhar seu universo compartilhado. No próximo dia 1º de junho, a Mulher-Maravilha chega aos cinemas na pele da estonteante Gal Gadot e sob o comando de Patty Jenkins (Monster). Em novembro, mais especificamente no dia 16, é a vez da Liga da Justiça se estabelecer em um filme dirigido por Zack Snyder, do confuso Batman vs Superman: A Origem da Justiça. No ano seguinte é a vez de Aquaman, de James Wan (Invocação do Ma), estrear.

Batgirl ainda não tem previsão de estreia, nem nomes definidos para o elenco.

About the Author

Rubens Rodrigues

Jornalista. Na equipe do O POVO desde 2015. Em 2018, criou o podcast Fora da Ordem e integrou as equipes que venceram o Prêmio Gandhi de Comunicação e o Prêmio CDL de Comunicação. Em 2019, assinou a organização da antologia "Relicário". Estudou Comunicação em Música na OnStage Lab (SP) e é pós-graduando em Jornalismo Digital pela Estácio de Sá.

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