De repente o meio-campista Éverton se tornou o grande nome do futebol cearense. Depois do péssimo desempenho no Figueirense no começo do ano – nove jogos, nenhum gol marcado e atuações abaixo do esperado – o empresário do jogador fez contato com o Ceará oferecendo o atleta. A diretoria alvinegra gostou. Proposta estava na mesa, faltava assinar o compromisso. Éverton, inclusive, já tinha falado com vários amigos que atuaria pelo Ceará.

A repercussão, então, foi péssima. As redes sociais mostraram um pouco do tamanho de sua força. Muito ligado ao Fortaleza, torcedor do clube e alguém que sempre fez questão de provocar a rivalidade, Éverton conheceu a rejeição. Para piorar, não havia uma proposta do tricolor. Foi quando Jorge Mota entrou no circuito. Estava fácil convencer o atleta diante do caos emocional que ele experimentava. Assim, Éverton aceitou e vai ganhar menos no tricolor.

Diante deste cenário, não é possível esquecer algo relevante. Faz pelo menos um ano que Éverton não mostra a qualidade conhecida. Além de ter ido muito mal em Santa Catarina em 2017, seu 2016 foi ruim, com exceção de alguns momentos no estadual. Pelo nível atual do elenco do Fortaleza, a chance de melhorar o meio-campo do time é viável, mas desde que o Éverton de 2015 apareça. Do contrário, a supervalorização, que já existe em tese, vai ser vista na prática.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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