Depois de vencer o confronto inicial das semifinais por 2 a 0, o Ferroviário adotou uma postura reativa no primeiro tempo do segundo confronto. Vladimir de Jesus montou a equipe para marcar forte e contra-atacar. Ele sabia que a bola e as iniciativas ofensivas seriam do Fortaleza. O gol do Leão aos 27 minutos, marcado por Anderson Uchôa, mudou os esquemas táticos, notadamente no segundo tempo. O Ferroviário foi ao ataque e o foi o Fortaleza que se tornou reativo, perdendo alguns gols e culminando com o empate coral nos segundos finais, tento anotado por Mimi.

Nesta quarta-feira, a história tática vai se repetir e pelo menos até um gol sair, o Fortaleza tentará o ataque o tempo todo. Não há outra alternativa plausível para a equipe comandado por Marquinhos Santos. O tempo vai atuar contra e assim serão fundamentais poder de decisão quando as oportunidades surgirem, triangulações e aproximação entre setores, muito distantes nas partidas recentes.

Para o Ferroviário, o tempo é aliado, mas para que o esquema baseado nos contra-ataques dê certo, os atletas não poderão errar passes e muito menos permitir que eventual ansiedade atrapalhe. Não agredir o Fortaleza, ainda que o empate seja resultado mais do que desejado, será trabalhar contra si próprio.

Em tempo. Não custa lembrar o regulamento, que aponta necessidade de decisão por pênaltis caso o Fortaleza ganhe a partida no tempo normal. Empate ou vitória do Ferrão garantem a final ao Tubarão da Barra.

About the Author

Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

View All Articles